A ministra das Mulheres, Cida Gonalves, defendeu nesta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro, mudanas na legislao brasileira que trata da paridade entre mulheres e homens na poltica.
“No G20, o Brasil ainda o penltimo. Temos vrios pases com paridade. O Mxico tem mais de 54% [de mulheres ocupando cargos na poltica] e est chegando a 60%, por exemplo, de senadoras e deputadas. Os pases que tm lei de paridade esto avanando. Est faltando isso”, avaliou.
Ela acrescentou que “essa a grande questo: precisamos fazer um debate no Brasil. Temos uma lei de cotas que coloca 30% de cotas para as mulheres, tanto para serem candidatas nos partidos quanto no financiamento. Mas s estamos vendo avanar quando obrigatria a paridade. eleger, garantir a eleio de mulheres, colocar as mulheres nos espaos de poder. Portanto, precisamos mudar, aqui no Brasil, a legislao.”
Experincia mexicana
Em entrevista durante o programaGiro Social, doCanal Gov, produzido pelaEmpresa Brasil de Comunicao (EBC), Cida destacou que a pasta, em companhia da primeira-dama Janja da Silva, tem promovido um debate nacional junto a partidos e parlamentares. A ministra contou que chegou a ouvir a experincia de senadoras mexicanas “para saber como se deu o processo para que elas chegassem onde chegaram”.
“Precisamos alterar a legislao. Precisamos, a partir de agora, no de cotas que no elegem as mulheres. Precisamos, de fato, de cadeiras. Precisamos da garantia de que possamos eleger as mulheres em todos os municpios. Independentemente de partido ou de qualquer coisa, uma mulher que vai sentar naquela cadeira e vai poder defender o seu municpio e ter voz. Esse o primeiro processo no Brasil: alterar a legislao e garantir paridade” enfatizou.
E finalizou: “O segundo , de fato, investirmos para que as mulheres possam ser liderana. As mulheres hoje no tm condies de fala. As lideranas esto ameaadas, sofrem violncia poltica de gnero, as redes sociais terminam agredindo essas mulheres, sejam jornalistas, sejaminfluencers, sejam lideranas de comunidades. Precisamos enfrentar tambm a violncia poltica de gnero para garantir espaos s mulheres”, concluiu a ministra.