O tenente-coronel da Polcia Militar, Marcos Eduardo Paccola, foi preso no incio da noite desse domingo (08), em sua residncia, no condomnio Alphaville, pelo Grupo de Atuao e Combate ao Crime Organizado.Paccola havia conseguido ficar em liberdade na deflagrao da Operao Coverage no ltimo dia 21 de agosto.
Segundo informaes, ele acusado de ter voltado a fraudar registros de armas da PM, promovendo alteraes no histrico da arma de fogo de nmero de srie B27551 e nmero Sigma 896367, vinculada ao boletim reservado 287, em favor do grupo criminoso.
“Imprescindvel ressaltar que o o ao sistema SIRGAF da PMMT ocorreu aps a deflagrao da Operao Coverage realizada na manh do dia 21/09/2019, fato este que causa muito espanto e que demonstra de maneira irrefutvel que a organizao criminosa ora desvelada continua operando mesmo com a atuao deste r.Juzo e Ministrio Pblico Estadual”, pontuaram os promotores de Justia.
Acontece que informaes sobre a operao vazaram antes de ela ser deflagrada e, com isso, o seu advogado se antecipou pedindo o habeas corpus, onde o desembargador do Tribunal de Justia acabou concedendo a ele o salvo conduto. Todavia, o juiz Joo Bosco Soares da Silva ressaltou, na deciso que determinou a priso preventiva de Paccola, que mesmo em liberdade, o coronel “continuou a realizar atos ilcitos de obstruo da justia”, de acordo com informaes da Corregedoria-Geral da Polcia Militar.
A operao deflagrada pelo Gaeco teve o objetivo de cumprir quatro mandados de priso contra oficiais da Polcia Militar que estariam envolvidos em um esquema de adulterao e venda ilegal de armas do Comando Geral da Polcia Militar.
So alvos da operao o tenente-coronel PM Sada Ribeiro Parreira, tenente-coronel Marcos Eduardo Paccola, tenente Thiago Satiro Albino e o tenente Cleber de Souza Ferreira.
Cleber j est preso por facilitar a entrada de 84 celulares dentro da Penitenciria Central do Estado. Os aparelhos foram encontrados dentro de um freezer. Ele tambm investigado na operao Mercenrios, que era um grupo que matava pessoas por encomendas.
O sargento da PM Berison Costa e Silva foi preso pelo Gaeco no dia 23 de agosto, suspeito de envolvimento em fraudes de documentos e sistemas de informaes, para acobertar integrantes de um grupo de extermnio. Ele teria adulterado a pistola tipo Glock, 9 mm que pertence aCleber, com a sua senha.
E, de acordo com a investigao realizada pela Promotoria Militar com o apoio do Gaeco, a partir de provas compartilhas pela Polcia Civil, devidamente autorizada pelo Poder Judicirio, um exame balstico comprovou que a pistola foi utilizada em sete crimes de homicdio (quatro tentados e trs consumados), praticados pelo grupo de extermnio.
Ainda apontou que, com a finalidade de obstruir as investigaes relacionadas aos referidos homicdios, os militares articularam a alterao do registro da arma de fogo, mediante falsificao documental e insero de dados falsos em sistema da Polcia Militar, tudo para ocultar que na data dos sete crimes de homicdios, a pistola j estava em poder do tenente Cleber.
Em nota, a assessoria da PM informou que a Corregedoria da Polcia Militar tomou conhecimento da priso do tenente-coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola, efetuada pelo Gaeco, no domingo (08.09). To logo ficou sabendo designou um oficial superior para acompanhar os procedimentos, como determinada as normas, e agora est reunindo a documentao relativa a essa priso para juntar em inqurito j instaurado pela Corregedoria.