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17/06/2019 s 07:29 20k8

Moro se explicar ao Senado em estratgia para evitar I 3dl4v

Moro e outros auxiliares do presidente Bolsonaro (PSL) entenderam que ir espontaneamente ao Legislativo para explicar a troca de mensagens com o procurador Deltan Dallagnol era uma jogada relativamente segura 2tr24

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Moro se explicar

Foto: correio24horas

A ida do ministro Sergio Moro (Justia) CCJ (Comisso de Constituio e Justia) do Senado nesta prxima quarta-feira (19) foi resultado de um clculo do desgaste a que o ex-juiz da Lava Jato seria submetido no Congresso.

Moro e outros auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PSL) entenderam que ir espontaneamente ao Legislativo para explicar a troca de mensagens com o procurador Deltan Dallagnol era uma jogada relativamente segura, como o objetivo de frear eventual I com foco no ministro, tido como uma reserva tica do governo.

Nas conversas divulgadas pelo The Intercept Brasil, o ento juiz da Lava Jato troca colaboraes com Deltan, coordenador da fora-tarefa, o que vetado por lei. Segundo o site, as mensagens foram enviadas reportagem por fonte annima e se referem ao perodo de 2015 a 2018.

Na segunda (10), um dia aps a divulgao das primeiras conversas, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) protocolou na CCJ um requerimento para convocar o ministro. O congressista comeou tambm a coletar s para criar uma I.

Nas redes sociais, parlamentares cobravam a volta da tramitao de projetos que combatem o abuso de autoridade e apontavam os reflexos que a crise teria no calendrio do pacote anticrime apadrinhado por Moro.
Por volta das 10h de tera-feira (11), parlamentares e ministros, inclusive o prprio Moro, se encontraram na cerimnia de comemorao do 154 aniversrio da batalha naval do Riachuelo. Durante o evento, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi avisado da apresentao dos requerimentos pela presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS). Assim teve incio o plano do governo federal para conter a crise.

Apesar da tenso, Moro preferiu manter os compromissos agendados e foi ao Senado naque
le dia almoar com parlamentares de DEM, PL (ex-PR) e PSC.

Chegou cercado por seguranas e evitou os jornalistas que o aguardavam. Entrou na sala onde era esperado e quis comear a conversa dando sua verso sobre os contedos vazados, mas foi interrompido por Wellington Fagundes (PL-MT), coordenador do bloco Vanguarda, que rene os senadores das trs siglas.

Como o encontro, marcado 15 dias antes, era de relacionamento, Fagundes no quis polemizar de partida. O assunto voltou somente ao fim do papo, trazido pelo governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e por um debate entre os senadores Juza Selma (PSL-MT) e Marcos Rogrio (DEM-RO).

Mas Moro no chegou a mencionar a carta assinada pelo lder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que seria divulgada horas depois pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"Comunico a vossa excelncia que fui informado pelo ministro da Justia e Segurana Pblica, Sergio Moro, de sua disponibilidade para prestar os esclarecimentos CCJ do Senado Federal sobre notcias amplamente veiculadas na imprensa relacionadas Operao Lava Jato", dizia trecho da carta lida por Davi durante sesso do Congresso, que rene deputados e senadores.

"No adequado que o ministro escolha, que o ministro decida e a gente no possa participar dessa deciso", reagiu, em vo, o lder do PT na Cmara, Paulo Pimenta (RS).

Para os congressistas, a conta do Planalto era bvia: ao se oferecer para ir ao Senado, livrava-se do constrangimento de ser convocado, ia para um ambiente relativamente controlado e menos hostil que a Cmara e esfriava os nimos da criao da I.

At agora, o plano deu certo. Integrantes do PT no Senado j diziam no querer I por dois motivos. Primeiro, no sabem o tamanho que a crise pode ganhar com a divulgao de novas conversas.

Alm disso, petistas afirmam que, em vez de abrir dois flancos, melhor priorizar a I para investigar fake news nas eleies de 2018, cujo requerimento de criao j est sobre a mesa de Davi.

Angelo Coronel colocou seu requerimento, ainda com nmero insuficiente de s, na gaveta. Diz a aliados que guardar o papel para o caso de o clima virar.

Senadores avaliam que a conta de Moro tem tudo para resultar num saldo positivo na quarta-feira. Entendem que o ministro tem gordura de apoio popular para queimar e apostam que no haver nomes para constrang-lo.

Reservadamente, dizem que o PT no estar to vontade na sesso porque qualquer manifestao mais enftica pode soar ideolgica e como bandeira contrria ao combate corrupo.

Dizem ainda que antagonistas de Moro, como Renan Calheiros (MDB-AL), tambm no devem ir para o confronto, sob risco de acabar fortalecendo o ministro.

Alm disso, questionadores recorrentes em comisses, como Alvaro Dias (Pode-PR) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), tendem a poupar o ex-juiz da Lava Jato. No ado, eles j saram vrias vezes em defesa da operao.

Mas a tentativa de reduo de danos no brecou ofensivas do Congresso em outras frentes. Moro se viu obrigado a tambm ir voluntariamente CCJ da Cmara, e a CCJ do Senado deve votar na tera (18) um convite a Deltan para prestar esclarecimentos.

Na semana seguinte, est prevista a apreciao no colegiado do pacote de dez medidas anticorrupo, que inclui a legislao de combate ao abuso de autoridade.

O projeto estava parado no Senado e foi desengavetado a pedido de Davi. s pressas, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) redigiu seu relatrio alterando o texto em temas que poderiam faz-lo travar.

O relatrio probe a criminalizao da interpretao de juzes e exige presena de dolo especfico, ou seja, preciso que haja vontade de praticar o abuso de autoridade.
Direto de Braslia, Daniel Carvalho/Folhapress
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