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16/10/2020 s 16:44 42k4k

Em queda h 5 anos, coberturas vacinais preocupam Ministrio da Sade 70683i

At 2 de outubro, a taxa de imunizao da BCG chegou a 63,88% 6q5a2o

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Foto: Marcelo Camargo / Agncia Brasil

Em queda h cinco anos, as coberturas vacinais no atingem nenhuma meta no calendrio infantil desde 2018, apresentou hoje (16) a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizaes (PNI) do Ministrio da Sade, Francieli Fontana, que informou dados do incio de outubro na Jornada Nacional de Imunizaes.

As ltimas metas de imunizao para o pblico infantil atingidas no pas, em 2018, foram de 99,72% do pblico-alvo para a BCG, e de 91,33% para o da vacina contra o rotavrus humano. Para ambas, a meta superar os 90%, patamar que no foi atingido em 2019, apesar de terem continuado acima dos 80%. J at 2 de outubro de 2020, a taxa de imunizao do pblico-alvo da BCG chegou a 63,88%, e a vacina contra o rotavrus, a 68,46%.

A maior cobertura atingida no calendrio infantil at outubro de 2020 foi na vacina Pneumoccica, com 71,98%. No ano ado, essa mesma vacina chegou a 88,59% do pblico-alvo. Entre as 15 vacinas do calendrio infantil, o que inclui a segunda dose da Trplice Viral, metade no bate as metas desde 2015, o que inclui a vacina contra poliomielite.

"Esse um dado bastante importante, que preocupa muito o Ministrio da Sade e deve preocupar todos os profissionais de sade para que a gente una esforos e trabalhe para ampliar essas coberturas vacinais", disse Francieli Fontana, que avalia que a pandemia da covid-19 deve ter influenciado as coberturas vacinais. "A gente ainda no tem uma avaliao real do impacto da pandemia nas coberturas vacinais, mas acredita-se que, sim, vamos ter prejuzos em relao cobertura vacinal devido a esse momento".

Conhea asvacinasrecomendadas pelo Ministrio da Sade para cada faixa etria.

Francieli Fontana explicou que a queda nas coberturas vacinais durante a pandemia foi um fenmeno sentido globalmente. Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), 125 campanhas de vacinao que estavam marcadas para o primeiro semestre de 2020 foram adiadas. O problema da interrupo dos servios de vacinao levou a OMS e o Fundo das Naes Unidas para a Infncia (Unicef) a alertarem que 117 milhes de crianas em 37 pases poderiam deixar de receber a vacina contra o sarampo, que tambm provocou surtos em diversas partes do mundo nos ltimos anos, incluindo o Brasil.

A queda nas coberturas desafia o Programa Nacional de Imunizaes do Sistema nico de Sade, considerado um dos mais amplos e bem sucedidos do mundo. O programa teve um aumento expressivo nas taxas de vacinao entre 1980 e 1995, ano a partir do qual as taxas ficaram estveis em patamares elevados, e, em alguns casos, superiores a 100%. O recuo teve incio em 2015, e, antes da pandemia, j pesavam fatores como horrios de funcionamento das unidades de sade, a circulao de informaes falsas sobre a segurana das vacinas e at mesmo a impresso de que as doenas imunoprevenveis j deixaram de existir.

"Se tivemos sucesso, porque tnhamos coberturas vacinais altas. A partir do momento que amos a ter uma cobertura vacinal baixa, pode haver uma reintroduo de doenas que j foram eliminadas", alerta Francieli Fontana, que cita o exemplo do sarampo, que chegou a ser considerado erradicado do Brasil e hoje apresenta transmisso ativa em quatro estados e casos em 21.

A coordenadora do PNI tambm destaca a necessidade de engajamento e capacitao do profissionais de sade, para transmitirem informaes corretas populao. "A gente verifica muitas fake news, muitas notcias falsas, e, muitas vezes, o profissional de sade, em vez de buscar uma fonte segura e se empoderar em relao ao conhecimento, ele multiplica essa notcia. importante que a gente busque informao fidedigna, para que a gente possa ter segurana em orientar a populao".

Entre as aes do Ministrio da Sade para combater a queda das coberturas vacinais est o Movimento Vacina Brasil, que inclui iniciativas como a ampliao do horrio de funcionamento dos postos de vacinao e um canal de telefone eWhatsapppara desmentir notcias falsas, no nmero 61 99289-4640. Tambm esto em andamento trs campanhas de vacinao: uma contra o sarampo, desde maro, e as campanhas contra a poliomielite e de multivacinao, desde 5 de outubro. Amanh (17), para o Dia D, postos de vacinao em todo o Brasil estaro abertos para aplicar as doses, tirar dvidas e atualizar as carteirinhas.

Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizaes, o infectologista Guido Levi lembra que cumprir o calendrio de vacinao uma obrigao dos cidados prevista em lei desde a criao do Programa Nacional de Imunizaes, na dcada de 70. "Estamos vendo a responsabilidade social, no mais a responsabilidade individual. o indivduo como membro da sociedade. uma situao diferente da sua autonomia para tratar um glaucoma ou uma doena no contagiosa", afirma ele, que cita estudos que atribuem s vacinas um aumento de cerca de 30 anos na expectativa de vida global ao longo do Sculo 20.

Apesar de instrumentos legais como o Estatuto de Criana e do Adolescente preverem a possibilidade de acionar o Conselho Tutelar em caso de recusa vacinao por parte dos responsveis por uma criana, Levi afirma que o dilogo com informaes claras deve ser o principal instrumento de profissionais da sade e da educao que se depararem com cadernetas de vacinao incompletas.

"O conselho tutelar uma ltima instncia. A primeira instncia informao, informao e informao. Quando uma criana vem escola com a carteirinha incompleta, deve-se chamar os pais e responsveis, conversar com eles. muito importante a conversa olho no olho, porque sabemos que os profissionais de sade tem um alto nvel de confiabilidade no nosso pas", afirmou. "Se fizermos tudo isso, tenho certeza que a maioria dos pais e responsveis vai pr em dia a vacinao das crianas".

Agncia Brasil
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