O ndice de Confiana Empresarial (ICE) caiu 0,1 ponto em agosto ante julho, para 93,9 pontos, informou nesta sexta-feira, 30, a Fundao Getulio Vargas (FGV). Na mtrica de mdias mveis trimestrais, o ndice avanou 0,6 ponto, a segunda alta consecutiva.
"Aps avanar no ms anterior, a confiana empresarial ficou estvel em agosto, com movimentos em sentidos opostos de seus dois componentes. O ndice de Situao Atual continuou avanando e sinaliza sustentao da economia em terreno positivo neste terceiro trimestre. J as expectativas recuaram, mostrando que as empresas ainda manifestam dvidas quanto continuidade, nos prximos meses, da fase de acelerao do nvel de atividade econmica iniciada no segundo trimestre", avaliou Aloisio Campelo Jnior, superintendente de Estatsticas Pblicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O ndice de Confiana Empresarial rene os dados das sondagens da Indstria, Servios, Comrcio e Construo. O clculo leva em conta os pesos proporcionais participao na economia dos setores investigados, com base em informaes extradas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo que ICE permita uma avaliao mais consistente sobre o ritmo da atividade econmica.
Em agosto, o ndice de Situao Atual (ISA-E) subiu 1,1 ponto, para 91,3 pontos. Por outro lado, o ndice de Expectativas (IE-E) caiu 0,8 ponto, para 99,8 pontos, interrompendo uma sequncia de quatro meses de avanos.
Entre os componentes do ICE, apenas a confiana no setor de servios recuou em agosto, em 1,1 pontos. A confiana da Indstria subiu 0,8 ponto; a do comrcio, 3,2 pontos; a da construo, 2,2 pontos.
"Em agosto o resultado foi bastante heterogneo entre os setores. O comrcio continua sendo o setor mais otimista, talvez em funo da expectativa favorvel com a liberao de recursos do FGTS a partir de setembro. Caminhando em sentido oposto no ms, o setor de Servios adota uma postura mais cautelosa. A indstria se situa no meio dos dois, mas o grande destaque de agosto a Construo. Embora a confiana deste setor ainda seja a mais baixa entre os quatro, vem avanando consistentemente h trs meses, impulsionada pelo aumento do otimismo no segmento de edificaes residenciais e comerciais", completou Campelo Jnior.
A coleta do ndice de Confiana Empresarial reuniu informaes de 4.806 empresas dos quatro setores entre os dias 1 e 23 de agosto.
Direto de So Paulo, Daniela Amorim, Estado Contedo