Presidente da Associao Mato-grossense dos Magistrados (Amam), o juiz Tiago Abreu, disse que as declaraes sobre as possveis prises que podem ocorrer se referem a qualquer cidado envolvido no escndalo conhecido como “Grampolndia Pantaneira”, mas se comprovada o envolvimento do mesmo. Ele garante respeitar os trabalhos realizados pelo Grupo de Atuao Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Abreu encaminhou uma nota na tarde desta sexta-feira (9), para rebater uma notcia veiculada nacionalmente em que ele supostamente revela: “primeira priso em massa de promotores pode ocorrer em MT”. A afirmao foi feita em mensagem de udio enviada por Abreu a um magistrado de Braslia.
Na mensagem, enviada por celular, Abreu comenta crticas que a senadora Juza Selma (PSL-MT) fez s investigaes sobre o Gaeco estadual. Aps chamar a fala da parlamentar de "antitica", Abreu diz que uma "organizao criminosa" se instalou no rgo do Ministrio Pblico.
O representante da Amam, se refere a uma investigao que apontou suspeitas de que procuradores federais do Gaeco de Mato Grosso realizaram escutas ilegais para investigar diversas autoridades.
“Se ficar constatada esta intemprie acredito que teremos muitas prises e isto ir despertar uma reorganizao, uma restruturao de todo o aparato que hoje montado com a finalidade de desbaratar o crime organizado”, diz ele por meio de nota.
Para a senadora, h uma perseguio aos procuradores de Mato Grosso semelhante que estaria ocorrendo, no seu entender, com os participantes da Lava-Jato.
Leia nota
A Associao Mato-grossense de Magistrados (AMAM) vem a pblico esclarecer que as declaraes dadas pelo presidente da entidade, juiz Tiago Abreu, sobre possveis prises se referem a qualquer cidado envolvido no escndalo conhecido como “Grampolndia Pantaneira”. Desde que, bvio, comprovada a sua participao.
O magistrado tem reiterado tal observao todas as vezes em que questionado sobre o caso, o que se torna, portanto, uma declarao pblica, sem quaisquer intenes outras que no a de analisar qual seria a postura comum do Poder Judicirio.
Em entrevista concedida esta semana a uma emissora de rdio da Capital, o juiz Tiago Abreu chegou a comentar o caso, afirmando: “se ficar constatada esta intemprie acredito que teremos muitas prises e isto ir despertar uma reorganizao, uma restruturao de todo o aparato que hoje montado com a finalidade de desbaratar o crime organizado”.
O magistrado defendeu a postura do Poder Judicirio na conduo do processo e acredita que, comprovando-se tudo que vem sendo falado at o momento nas audincias pelos envolvidos no caso em questo, este ser um dos maiores atentados democracia dentro do Estado Democrtico de Direito desde a sua redemocratizao.
O presidente da entidade ainda faz questo de parabenizar a atuao dos magistrados envolvidos nos processos da “Grampolndia Pantaneira”, que conduzem as aes de maneira clere e respeitando todas as normas processuais.
A AMAM reitera o respeito ao Ministrio Pblico e o trabalho do Gaeco, que muito j contribuiu no combate ao crime organizado, e reconhece o importante trabalho realizado por seus membros ao longo dos anos junto a sociedade mato-grossense.
A entidade refora que est vigilante na defesa e manuteno do respeito ao Poder Judicirio do Estado de Mato Grosso.