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22/07/2019 s 16:23 656r3j

Visita de familiares na UTI por 12 horas dirias no gera risco a pacientes 5f3z12

Essa afirmao foi apresentada atravs de um estudo realizado 4a6u50

Leiagora

Visita de familiares na UTI por 12 horas di

Foto: Reproduo

Quem j teve um familiar ou amigo prximos internados em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) sabe que, em geral, as visitas so restritas a cerca de duas horas dirias, s vezes fracionadas em duas visitas.
Lidar com a doena, os riscos, as dvidas sobre o que se a na UTI e o pouco tempo de convvio traz impactos tambm sobre a sade de quem no est doente.

Um estudo ento resolveu testar os efeitos da ampliao do tempo de visita dos familiares para 12 horas por dia. Resultado: a mudana reduziu em 50% os sintomas de ansiedade e depresso que os parentes desenvolvem no perodo em que algum da famlia est na UTI sem aumentar o risco de infeces para os pacientes.

" to efetivo quanto um antidepressivo, mas sem os efeitos adversos. Sabe-se que aproximadamente a metade dos familiares desenvolve nveis patolgicos de depresso. Ter uma estratgia para reduzi-los muito importante", explica o mdico pesquisador Regis Goulart Rosa, que coordenou a pesquisa UTI Visitas, publicada na edio mais recente do Jornal da Associao Americana de Medicina (Jama).

O estudo foi conduzido pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) do Ministrio da Sade, e realizado em 36 UTIs de hospitais pblicos e filantrpicos do Brasil.

Em So Paulo, o estudo foi feito no HCor (Hospital do Corao) e no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto. No total, 1.685 pacientes e 1.295 familiares participaram do estudo.

" uma mudana de baixo custo porque se trata de um procedimento organizacional. S necessrio disponibilizar uma cadeira para que os acompanhantes fiquem ao lado dos pacientes por mais tempo", diz Rosa.

O tempo reduzido de permanncia na UTI uma prtica comum por causa da ideia de que o contato com mais pessoas por mais horas resultam em maior risco de infeces aos internados e maior estresse para as equipes mdicas.

"Desde o princpio, na dcada de 1950, a UTI se caracterizou como um ambiente complexo, com necessidade de maquinrio e organizao para cuidar de pacientes muito graves. A UTI nasceu como um ambiente restritivo. Acreditava-se que visitas poderiam trazer riscos aos pacientes, como infeces, e que a presena dos familiares poderia causar estresse nos profissionais, que teriam que lidar com mais gente", explica o pesquisador.

O estudo, porm, desmente o risco ampliado de infeces e conseguiu minimizar a possvel sobrecarga dos profissionais educando os familiares sobre o funcionamento de uma UTI. Antes de receber autorizao para ar 12 horas por dia no espao, os acompanhantes receberam instrues.

Nesse treinamento, os parentes aprenderam sobre o que faz cada profissional, como enfermeiros intensivistas, mdicos e tcnicos de enfermagem. Os familiares tambm foram ensinados sobre como funciona um monitoramento de funes vitais (presso, glicemia, diurese), higiene e alimentao.

O estudo avaliou tambm se a presena prolongada dos visitantes poderia diminuir a confuso mental dos pacientes, mas os resultados mostraram no houve diferena.

"Os resultados robustos mostram que a permanncia maior de visitantes no aumentou o risco de infeco nem o 'burnout' dos profissionais. Tambm no impactou em mortalidade ou em mais tempo de UTI nem gerou percepo de desorganizao dos cuidados", diz Rosa.

Para o mdico, o estudo confirma cientificamente o que era intuitivo para quem trabalha na rea da sade. "Conheo poucos seres humanos que no queiram ter algum querido ao lado em um momento de doena grave", diz.

COMO FOI O ESTUDO

1.685 pacientes internados em UTIs participaram do estudo
837 pacientes com visitao flexvel de 12 horas por dia 848 pacientes visitao restrita com mdia de 1,5 hora por dia Gnero:
890 homens
795 mulheres
Idade mdia: 58,5 anos

RESULTADOS
Diminuio de 50% de sintomas de depresso e ansiedade nos familiares que fizeram visitao flexvel de 12 horas por dia
Sem risco de infeco ou aumento de mortalidade dos pacientes
Sem aumento do estresse da equipe de profissionais
Sem alterao para casos de confuso mental nos pacientes

HOSPITAIS PARTICIPANTES (36 UTIs pblicas e filantrpicas do pas)
Hospital de Urgncias de Goinia (GO)
Hospital Geral de Nova Iguau (RJ)
Hospital Santa Cruz (RS)
Hospital Montenegro (RS)
Hospital de Clnicas de Porto Alegre (RS)
Hospital Ana Nery (RS)
Hospital Tacchini (RS)
Hospitais do Complexo Hospitalar da Irmandade Santa Casa de Misericrdia de Porto Alegre (RS): Pavilho Pereira Filho, Santa Rita, Dom Vicente Scherer (RS)
Hospital Me de Deus (RS)
Fundao de Sade Pblica So Camilo de Esteio (RS)
Hospital Nossa Senhora da Conceio (RS)
Hospital da Cidade de o Fundo (RS)
Hospital Universitrio do Oeste do Paran (PR)
Hospital do Cncer de Cascavel UOPECCAN (PR)
Hospital Dona Helena (SC)
Hospital das Clnicas da UFMG (MG)
Santa Casa de Misericrdia de So Joo Del Rei (MG)
Hospital Regional do Baixo Amazonas (PA)
Hospital Geral Cleriston Andrade (BA)
Instituto Nobre de Cardiologia Incardio (BA)
Hospital Universitrio Alcides Carneiro UFCG (PB)
Hospital Alberto Urquiza Wanderley (PB)
Hospital Universitrio Lauro Wanderlei UFPB (PB)
Hospital Universitrio da UFPI (PI)
Hospital Agamenon Magalhes (PE)
Hospital Universitrio de Petrolina - Universidade Federal do Vale do So Francisco (PE)
Hospital Geral de Clnicas de Rio Branco (AC)
Hospital do Corao HCor (SP)
Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto FAEPA (SP)
Hospital Regional Dr. Deoclecio Marques de Lucena (RN)
Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (RN)
Fundao Hospital Adriano Jorge (AM)
Hospital Geral do Estado Dr. Oswaldo Brando Vilela (AL)
Direto de Porto Alegre, Paula Sperb / Folhapress

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