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21/08/2018 s 15:11 bf59

Na fronteira, venezuelanos relatam medo e fome aps violncia 3f5w6k

Redao Leiagora

Na manh desta tera-feira, 21, era incomum o cenrio na tenda da Operao Acolhida, em Pacaraima, na fronteira entre Roraima e a Venezuela. Em vez das costumeiras filas de refugiados, que at pouco chegavam a dar voltas do lado de fora do equipamento do Exrcito, responsvel por receber e fazer triagem dos imigrantes, havia diversos bancos de espera vazios.

Segundo agentes do local, o fluxo de chegada de venezuelanos caiu de forma brusca desde sbado, 18, quando um grupo de moradores de Pacaraima destruiu objetos e incendiou barracas de refugiados. Se antes cerca de 1,2 mil pessoas cruzavam a fronteira, nesta tera no avam de 300.

"Queimaram todos os meus documentos, s me sobrou a roupa do corpo", diz o engenheiro de sistemas Raul Len, de 36 anos, um dos venezuelanos atacados no sbado. Havia cruzado a fronteira na vspera. "A triagem demorou mais de um dia", conta.

Desempregado, Len saiu da Venezuela para fugir da falta de comida e de remdios. "J ei trs dias sem comer", diz. "Sei operar redes de comunicao, cmeras de segurana... Me recomendaram trabalhar em Manaus, mas no sei quando vou conseguir ir."

Aps as agresses de sbado, Len pensou em voltar. "Senti medo, mas depois as coisas foram se acalmando", relata. "Os brasileiros pensaram que foram venezuelanos que agrediram o comerciante. Entendo. Mas nenhuma violncia se justifica."

Ao lado da mulher e de cinco filhos, a mais nova de dois anos e o mais velho de 12, o comerciante Gregorio Bello, de 37 anos, estava com a agem comprada para o Brasil quando recebeu a notcia do incndio no acampamento. "No podia devolver, ento pensei: 'vamos em nome de Deus'."

O desejo, segundo conta, chegar a Boa Vista e matricular as crianas na escola. "At o momento, os brasileiros me atenderam muito bem", diz. "Espero que d tudo certo."

Direto da Redao, Felipe Resk - Estado Contedo

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