O governador Mauro Mendes (União) utilizou uma metáfora para reiterar suas críticas ao Código Penal Brasileiro de 1940, que na sua visão, não mais reflete a realidade do país. Comparando o Brasil com o navio Titanic, o gestor estadual acredita que se os governantes não se preocuparem em mudar esta realidade, todos irão afundar pouco a pouco no “naufrágio social” iminente.
“Enquanto alguns de nós que temos o poder nos comportamos como se estivéssemos no Titanic com a água que entrava pelo porão e na primeira classe a festa continuava, a música estava tocando e alguns estavam nos banquetes comemorando como se nada estivesse acontecendo. Enquanto isso, a água continuava entrando, de vez em quando um balancinho aqui, mas parecia que nao era nada e continuavam, tocando as músicas até que um desastre maior aconteceu e não havia bote salva vidas para todo mundo”, disse o governador durante discurso na Assembleia dos Governadores do Brasil Central ocorrida em Brasília na semana ada.
Há muito tempo o governador faz duras críticas ao que ele chama de “penas frouxas” impostas pelo Código Penal. Na visão do chefe do Executivo Estadual, o Código Penal de 1940 foi criado em uma época em que o Brasil vivia uma realidade completamente diferente do que a atual.
Embora tenha ocorrido mudanças na lei penal, elas foram pontuais, mudando um artigo ou outro. Por esta razão, o governador defende que haja uma revisão completa na lei para que sejam previstas penas mais duras aos criminosos para que desta forma o crime seja combatido com mais rigidez.
“Todos os alertas foram dados. Tenho há anos denunciado a frouxidão das nossas leis, que tem feito os bandidos perderem o medo de cometer crimes. Precisamos de leis duras que façam frente ao grave problema da Segurança em nosso país. Ou vamos esperar o barco afundar pra ter a coragem de fazer o que é preciso?”, disse o governador em postagem realizada nas redes sociais.
Naufrágio do Titanic
O naufrágio do RMS Titanic aconteceu entre a noite de 14 de abril e a madrugada de 15 de abril de 1912 no Atlântico Norte, quatro dias depois da sua viagem inaugural iniciada em Southampton na Inglaterra com destino à Nova York, Estados Unidos. Após atingir um iceberg, o navio levou cerca de 2h40 para afundar totalmente.
Estudos indicam que ageiros que estavam na primeira classe levaram um tempo considerável para perceber que havia um problema no navio, enquanto que ageiros de classes inferiores que ficavam em locais mais perto do casco do navio já percebiam que havia água entrando na embarcação.
Como não havia bote salva vidas suficientes para os 2.208 tripulantes, o desastre resultou na morte de 1.496 pessoas.
