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08/07/2022 s 08:46 2c2650

Bioma amaznico tem 30 a 40 mil espcies s de plantas, mostra estudo 5m86b

Trabalho divulgado hoje mapeia pesquisas cientficas na regio 3r3s26

Leiagora

Bioma amaz

Foto: Agncia Brasil

Aa, tucum e buriti so os insumos da Amaznia que mais apareceram em estudos cientficos publicados de 2017 a 2021 por instituies de pesquisa brasileiras sobre matrias-primas da regio.

Os estudos foram mapeados na publicaoBioeconomia amaznica: uma navegao pelas fronteiras cientficas e potenciais de inovao, divulgadanesta sexta-feira (8).

O levantamento foi coordenadopela World-Transforming Technologies (WTT), com a participao daAgncia Bori, e mapeou 1.070 artigos cientficos publicados nos ltimos cinco anos na base internacional de peridicosWeb of Science. As reas mais pesquisadas so cincia das plantas, cincias ambientais, cincia e tecnologia de alimentos, ecologia, bioqumica e biologia molecular.

“A gente precisa dar visibilidade cincia feita na Amaznia e sobre a Amaznia. Hmuita pesquisa sobre os ativos da biodiversidade que tm o potencial de resolver problemas importantes da sociedade, como tratamento de cncer, tratamento para preveno de infeco com mercrio, biomateriais, bioplstico. Hmuita coisa interessante sendo pesquisada que pode, de fato, virar tecnologia, soluo para problemas da sociedade”, diz o idealizador do estudo e gerente de operaes da WTT, Andre Wongtschowski.

O bioma amaznico continental, ocupa quase metade do territrio do pas, compartilhado por pases vizinhos como Colmbia e Peru e se destaca como territrio de megabiodiversidade. Conforme ressalta a publicao, o nmero total de espcies de animais e plantas ainda no conhecido, mas estima-se que existam pelo menos de 30 a 40 mil espcies apenas de plantas.

Insumos mais citados

A partir do mapeamento dos 1.070 artigos cientficos, foram analisados 621 estudos, que seguem critrios de gerao de novos conhecimentos e possveis inovaes a partir da sociobiodiversidade amaznica. Entre eles, 11insumos aparecem em praticamente uma a cada trs pesquisas: aa, tucum, buriti, piper, aniba, castanha do Brasil, andiroba, cupuau, lippia, guaran e bacaba.

As pesquisas so variadas. Nelas, os insumos so usados, por exemplo, para supresso tumoral de clulas de cncer de ovrio, agente sensibilizador para terapia fotodinmica de cncere como agente em combate a doenas infecciosas. As pesquisas trabalham tambm com a validao cientfica da utilizao de insumos tradicionalmente empregados na medicina popular no tratamento de anemia, diarreia, malria, dores, inflamaes, hepatite e doenas renais, dadas as atividades anti-inflamatria e antidiarreica, entre outras.

A aplicao pode ser feita tambm em diversas atividades industriais, como produtos artesanais, fabricao de tecidos, fios e redes de pesca, materiaiscimentcios para construes sustentveis, filmes biodegradveis.

“Temos que dar visibilidade a essas pesquisas promissoras, para que elas saiam das prateleiras, saiam do papel e, de fato, se transformem em solues para problemas importantes”, defende Wongtschowski.

Poltica nacional de inovao

Segundo o pesquisador, necessria uma poltica nacional de inovaoque estabelea grandes objetivos a partir dos desafios do Brasil, que precisam ser resolvidos com a cincia. Nas solues, preciso engajar a comunidade cientfica, empresas, governos, organizaes no governamentais e a sociedade em geral.

“ importante que esses desafios conversem com os desafios da sociedade, essas solues precisam justamente olhar para os desafios que a gente tem como sociedade, sejam eles sociais ou ambientais”, diz Wongtschowski. “ precisoterrealmente a colaborao entre esses vrios setores para que as solues desenvolvidas fiquem de p, para que configuremuma cadeia de valor de ponta a ponta, que entregue benefcios populao, que fomente a manuteno da floresta em p, ou seja, que d valor para os produtos da biodiversidade”, complementa.

A publicao traz ainda, em destaque, o resumo de sete estudos, selecionados a partir de critrios como potencial inovativo e relevncia cientfica, social e econmica, alm de cinco artigos analticos inditos escritos por pesquisadores, gestores e empreendedores de renome na rea.

Cincia na Amaznia

A publicao destaca tambm que as especificidades e a complexidade da Amaznia devem ser levadas em considerao quando se trata de inovao. Uma vez que bases da bioeconomia no Amazonas encontram-se diretamente ligadas aos recursos nativos da fauna, flora e microrganismos do bioma amaznico, preciso, acima de tudo, conservar a floresta e levar em considerao as populaes locais.

Os autores propem quatro princpios: conservao da biodiversidade; cincia e tecnologia voltadas ao uso sustentvel da sociobiodiversidade; diminuio das desigualdades sociais e territoriais eexpanso das reas florestadas biodiversas e sustentveis.

“Cada processo inovador necessita considerar as questes culturais, as salvaguardas socioambientais, os diversos territrios e o impacto a ser gerado para que essas tecnologias possam ser transformadoras domundo,em um processo que fortalea as populaes locais e mantenha a floresta em p”, diz a professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Tatiana Schor, em um dos artigos da publicao.

Agncia Brasil
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