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03/08/2021 s 13:22 556k5p

Saudosismo e esperana tomam conta de artistas, em reforma do anfiteatro do IFMT 62552s

Obras no equipamento cultural foram lanadas na segunda-feira, aps 11 anos de fechamento 551l2x

Priscila Mendes

Saudosismo e esperan

Foto: Montagem Entret; Crdito das fotos: ao fim da reportagem

Um sentimento de esperana tomou conta de artistas, professores e comunidade acadmica, com a pequena cerimnia de lanamento da reforma do Anfiteatro do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), no campus Cuiab Cel. Octayde, na segunda-feira (2).

Eduardo Butakka, ator, que participou do lanamento, demorou para elaborar o sentimento, quando viu apenas o “esqueleto” do anfiteatro, preparado para incio das obras: concreto por todo lado, escadas e rampas… no tinha iluminao, no tinha teto, mas j tem palco. “Ali j foi um templo para mim e parecia um coliseu arrasado. Mas senti esperana desta vez”, contou ao Entret, fazendo referncia a outro momento em que foi anunciada uma grande reforma.

Isso foi h mais de 11 anos: o anfiteatro foi fechado, em 2009, centenrio da instituio, para a primeira reforma estrutural desde que fora inaugurado na dcada de 1970, como um presente - para a casa, para a comunidade acadmica e para a populao.

No entanto, em 2010 - com previso de entrega em 2011, a obra foi embargada por problemas tcnicos e estruturais e no teve continuidade, pois as demandas de adequao extrapolavam o recurso financeiro disponvel.


A obra, desta vez, custar R$ 3,5 milhes - recursos da reitoria e de emenda parlamentar da bancada federal de Mato Grosso - e o prazo de concluso de dois anos.

O anfiteatro Hlio de Souza Vieira ter 1,8 mil metros quadrados, distribudos em trs pavimentos e contar com 380 lugares, foyer, camarins, elevador, som e iluminao de ltima gerao, alm de salas para oficinas e para aulas das disciplinas de artes.

Justino Astrevo, conhecido como Lau, da dupla com Nico, atual secretrio adjunto de Cultura de Cuiab, tambm participou da cerimnia, com bastante nostalgia, j que estudou na antiga Escola Tcnica Federal (ETF/MT) e iniciou a carreira de ator no anfiteatro. “ uma alegria para todos ns cuiabanos ver esse teatro devolvido sociedade”, comentou.


Devolver sociedade, porque o anfiteatro do IFMT sempre foi importante equipamento cultural de Mato Grosso, que revelou grandes artistas - no s J. Astrevo nem Eduardo Butakka -, acolheu grandes nomes regionais, como Liu Arruda, foi bero do Pessoal do nima e foi palco de artistas nacionais, como Derci Gonalves, Paulo Autran e Nicete Bruno.

O cineasta Luiz Marchetti, tambm ex-aluno da ETF/MT, quando se apaixonou pelas artes cnicas, tambm esteve no lanamento das obras e poetizou nas redes sociais: “Foi arrepiante. Voltar a este lugar onde tudo comeou! Que potncia tem essas paredes? Quantos rituais ali aconteceram? Quantos ensaios? Dilogos? Peas teatrais apresentadas para a censura. Comdia. Drama. Quanta aprendizagem!”. Marchetti ainda conceituou o momento como “promessa de cura” e “luz no fim do tnel”.

Mesmo s com o ‘esqueleto’ do anfiteatro, Eduardo Butakka tambm sentiu essa energia “que aquelas paredes guardam”. O ator registrou que as expectativas so de que “as obras sejam concludas, se possvel, antes do prazo” e que o “IFMT volte a ser um grande provedor de Cultura, de capacitao de artistas, que algo que tanto a comunidade acadmica e a sociedade em geral perderam”.

Inclusive, a personagem com a qual conhecido, a sexloga Penlope, nasceu naquele anfiteatro, quando foi apresentado, pela primeira vez (e tantas outras vezes), o espetculo “Segredos de Liquidificador”. Sobre os mais de 11 anos fechado, Butakka assevera: “quem mais perdeu foram os alunos, que no tiveram, nesse intervalo, a experincia [nas artes] que eu tive”.

O diretor do campus Cuiab, Alceu Cardoso, v na retomada das obras um sonho que vira realidade. “Fizemos um trabalho rduo de economia de recursos e mobilizao dos professores e tcnicos, que doaram os projetos necessrios para ver essa obra sair do papel”, destacou. O campus fica no centro da capital - onde funcionou a Escola de Aprendizes Artfices, l em 1909.

O evento contou com a presena de outras autoridades acadmicas, polticas e membros da comunidade artstica.

Comisso de acompanhamento

Em conversa no local, Eduardo Butakka, J. Astrevo e Lioni Vitrio (o Nico) propam montar uma comisso de acompanhamento com artistas locais. “Sabemos que os engenheiros so muito competentes, mas importante que a gente seja consultado, para apresentar os requisitos da classe artstica e tambm da populao”.

Fotos do anfiteatro atual: Luiz Marchetti; Foto do espetculo 'Segredos de Liquidificador', de 2006: acervo Eduardo Butakka
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