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Notcias / Entrevista da Semana 614x1d

06/12/2020 s 21:14 2s2s5l

O produtor que no entrar na tecnologia est fadado ao fracasso, diz Aldo Telles a361i

Com uma histria de prosperidade na pecuria, o visionrio presidente da Nelore MT um dos criadores mais respeitado do Estado 4x684u

Edyeverson Hilario

Pai, av e apaixonado pela pecuria, tendo o gado da raa Nelore como seu principal trunfo, Aldo Rezende Telles, de 70 anos de idade chegou em Mato Grosso em 1994 e fez sua histria aqui. Conquistou propriedades, aumentou significativamente sua produtividade no campo e um dos pecuaristas mais respeitado do Estado.

Arrojado, comprou sua primeira terra em Gois. Foram os seus primeiros 75 hectares e 50 cabeas de gado. Suficientes para o fazer chegar aos 7,5 mil hectares e 5 mil cabeas de gado e um armazm, na mesma regio.

Com um trabalho pujante ele se tornou um dos maiores pecuaristas da cidade, chegou ao posto de presidente do Sindicato Rural de Porangatu, interior de Gois. Perodo que quis devolver a cidade, parte do que conquistou. Fez 24 construes que transformou o parque de exposies da cidade. Recebeu um ttulo de cidadania da cmara municipal e era cotado como um forte candidato prefeitura. “Tinha de 60 a 70% de chance de ganhar a eleio”, relata.

A aprovao da cidade e o sonho de ser prefeito s no foi maior que a sua avaliao de no valer a pena. Ele conta que sempre avalia se a escolha ser um bom ou mal negcio. Nessa reflexo concluiu que a poltica no vivel para homem srio. Decidiu que no iria mexer com poltica e se mudou para Mato Grosso para provar a si mesmo que tinha capacidade.

"De tijolo a tijolo foi multiplicando”. Mas no foi fcil, chegou a pegar malria em Porangatu e viu seus dois filhos serem acometidos pela mesma doena, em Brasnorte. Hoje ele possui sete fazendas no Estado, comando 26 mil hectares e 20 mil cabeas de gado.


Leiagora - Voc senhor, av e super arrojado na parte de tecnologia, intencionado em modernizar os trabalhos no campo. De onde vem essa criatividade e desejo?

Aldo - Sou de Barretos e l um lugar de pecuria. perto de Uberaba e essas duas cidades eram os polos da gentica do Brasil. Depois Barreto caiu um pouco, mas tem a festa do peo e Uberaba tem o melhor Zeb do Brasil. Ento por a gente ser dessa regio, pode ser isso, a procedncia. Pode ser isso que deu essa coragem na gente. Hoje estou com energia solar. Uma usina est terminando, no terminou ainda. Uma de 150kVA e uma 112kVA e agora comprei um piv para 150 hectares que para poder produzir mais para pecuria, para fazer feno. Ns usamos feno a mais de 15 anos e fazemos confinamento, semiconfinamento, criamos gado P.O, ento fazemos um trabalho geral.

Uma coisa muito importante que nem todos fazem e eu fiz. Eu sou s fazendeiro. Eu consegui os resultados que fiz na minha vida com muita dedicao, coragem e viso.

Sempre vendi o melhor que eu tenho e procuro comprar o mais barato, que recupero e valorizo. Eu fui fazendo essas trocas e coincidiu de a gente ir crescendo.

Leiagora - Nesses 27 anos em MT o que o senhor percebeu de mudana na pecuria?

Aldo - Eu falo que Mato Grosso para o pecuarista e para o agricultor, no rio, estamos de rio a baixo. Na subida, ns estamos na descida e no vento, ns estamos a favor. A natureza do Estado perfeita. Aqui voc produz duas safras, trs e as vezes at quatro, se voc tiver irrigao. Ento, a natureza do Mato Grosso tem sido muito favorvel, com exceo desse ano. Alm da pandemia, ns vimos perda de plantio por todo lado, mas isso depois de 27 anos. Tivemos a natureza em nosso favor por 26 anos e esse ano, no est bom. Estou com uma fazenda no Pantanal que comprei no final do ano e l est na seca at hoje. Todas as represas secas e o pasto totalmente seco e j estamos em dezembro. Ento esse ano no est sendo to bom quanto ele sempre foi.

O clima sempre favoreceu a gente. Fica fcil. Voc planta, colhe bem, o seu pasto sai bem, chove bem. Ento, se o clima favorvel, tudo fica mais fcil. Se o clima contra, a voc comea a ter dificuldade. De rio acima, de morro acima, contra o vento, mais difcil de trabalhar e na maioria dos Estados assim.

Em MT, o pessoal fazia safrinha que no ano ado virou safra e so duas safras poderosas. So poucos lugares que fazem isso. Por isso Mato Grosso se desenvolveu dessa forma, no foi por outra coisa. A natureza bem favorvel em Mato Grosso.

Leiagora - O confinamento, semiconfinamento, integrao lavoura-pecuria so trabalhos que no existem em todas as propriedades do Estado, e as fazendas que adotam esse sistema potencializam a produo. Esses trabalhos foi o que determinou a sua chegada at onde o senhor est hoje?

Aldo - Ns estamos com a parte da lavoura na fazenda h oito anos. A gente j vinha crescendo, mas depois que a gente ou a fazer integrao, eu acho que ajudou no crescimento. Tem mais fartura dos alimentos e a sua terra, apesar da terra do Estado ser produtiva, ainda falta fsforo. Ento colocando calcrio com adubao a voc melhora a produtividade da terra.

Leiagora - Temos o maior rebanho do pas e esse tipo de trabalho ainda no chegou na maioria das fazendas. Como o senhor imagina os prximos anos com o crescimento desses tratos com os animais?

Aldo - O que a gente tem ouvido em vrias palestras e vrias reunies que participamos, que o produtor que no entrar na tecnologia est fadado ao fracasso. Porque o que acontece com grande parte dos produtores. A fazenda vai deteriorando e ele vai perdendo a quantidade de gado, a vai perdendo a renda e a ele praticamente obrigado a vender a fazenda. A tecnologia essencial para o sucesso do pecuarista e do agricultor.

Leiagora - Ainda h muitos produtores rurais que tem um certo preconceito com tecnologias, ou isso no existe?

Aldo - Existe. Eu tenho um exemplo: fao feno na minha fazenda. Sempre procuro tecnologia, coisas que tem eficincia e custo. Eu vejo que o pessoal, grande parte, faz a silagem de milho. E para isso voc tem que comprar um saco de milho que custa R$500, comprar o adubo que custa caro tambm. Voc tem que colher e jogar no monte para depois voc ir l procurar. Fazemos feno o ano inteiro.

A silagem um produto de melhor qualidade, no estou discutindo qualidade. O feno substitui em um custo muito menor, mas no tem a mesma qualidade, contudo, tem facilidade no trabalho. Voc no precisa de mquinas caras, voc no precisa de colher, armazenar, depois ir pegar. A gente vem produzindo e utilizando. Trabalha l dois ou trs dias, faz o feno e a quando ele est acabando, fazemos novamente.

Faz 15 anos que eu estou fazendo isso e eu tenho impresso que em Mato Grosso no tem 10 produtores que fazem. Ento parece que o pessoal no enxerga. falta de enxergar.

Em outros pases que j visitei, um cara que tem 140 cabeas o rei do gado. tudo muito pequeno. Eles produzem um monte de coisas, mas uma coisa muito pequena perto do nosso potencial que muito grande. Ento ns temos que levar os produtores em fazendas produtivas aqui no Estado em Gois e So Paulo, nessas fazendas tops que esto com tecnologias e levar o pessoal para ver se algum aproveita o que o esto fazendo, para ver se am a aplicar na sua fazenda.

Leiagora -Hoje o senhor est frente da Nelore, instituio que representa a raa com o maior rebanho bovino do Estado. De que forma o senhor pode auxiliar os pecuaristas para que eles consigam ser mais produtivos em suas fazendas?

Aldo - Primeira coisa: precisamos que essa pandemia de uma minimizada. Antes da pandemia, praticamente toda semana, Breno e Mario Cndia trazia uma palestra. Isso muito importante. Para voc ver, no tivemos condies de fazer a posse. Se Deus quiser, daqui para maro resolva esse problema, a vamos fazer uma campanha para aumentar os scios. Eu j pesquisei na ABCZ h 750 criadores de gado P.O e hoje s tem 89 produtores. A primeira coisa que a gente precisa fazer dobrar o nmero de associados para ficar uma associao mais forte e mais representativa.

Leiagora -Todas as vezes que ocorrem um grande problema comeam as discusses polticas para evitar que ocorra o mesmo tipo de situao, como o caso do fogo no Pantanal. O senhor pensa que pecuaristas precisam comear a discutir a forma de fazer poltica e forma de trabalhar para que evitar contratempos, ou caso ocorra, tenha como solucionar?

Aldo - No Brasil temos as leis ambientais muito pesadas e complicadas, ento tudo que voc for fazer ambientalmente no sai. O pessoal do Pantanal est dizendo, que eles tm que deixar colocarem o gado l. O fogo no Pantanal faz parte, uma ferramenta. S que o fogo frio precisa ser colocado em uma poca em que voc controla ele. A se voc queimou uma parte, voc faz uma barreira. O que aconteceu? Estava tudo em um padro s e veio um fogo muito forte. Esse ano foi de pouca chuva. Quando vem o fogo, impressionante que vem o vento junto, a ficou incontrolvel.

Quem sabe, com esse prejuzo que matou bichos e mostrou para o Brasil todo, possa ter uma mudada na parte ambiental para poder fazer algum trabalho. Se no, vai continuar do mesmo jeito. Outra coisa importante que o rebanho do pantanal foi diminuindo com essas leis ambiental.

Primeira coisa aumentar a quantidade de gado. Segunda coisa, deixar formar o pasto. No derrubar as matas, que so as cordilheiras, mas tem aquelas partes mais limpas, que poderia plantar o capim para o gado.

Leiagora - Esse ano Mato Grosso exportou um volume de carne acima da mdia. A China, principalmente, precisou de muita carne, qual a viso do senhor para o prximo ano?

Aldo - No incio do ano, fizeram uma previso do preo da arroba que a gente ia terminar vendendo. A previso era de R$180. Mas os nossos trs ltimos negcios foram de R$270 e R$266. Est quase 40% acima do normal. Subiu a carne, dobrou o milho e dobrou o caroo do algodo. Antes, a tonelada do caroo de algodo era R$420, hoje est R$1200. O milho que era uma mdia de R$35, hoje est R$70. Ento, os alimentos do boi subiram mais do que a arroba.

Ns estamos pensando no prximo ano, at junho ns temos comida. Ento para ns est bom. Como eu sou agressivo, comprei 50 mil sacas de milho. Ns estamos com milho at junho. Para ns que estamos estocados estamos bem, mas no todo mundo que tem estocado.

O grande problema da tecnologia que ela exigente. Ento voc compra um vago de 10 toneladas e trabalha por cinco anos. De repente voc precisa de um de 20, a aquele mesmo trator que tocava o de 10 toneladas, no toca mais. A voc tem que trocar o trator tambm. Ento uma coisa que vai exigir. barraco, estrutura, seno voc no consegue trabalhar. Voc precisa de uma infraestrutura grande para rodar o negcio.

Leiagora - Esse um caminho sem volta?

Aldo - Eu acho que no tem volta no. Tudo indica que sim, enquanto tiver margem. S vai ser ruim a partir do momento que voc produzir uma arroba a R$250 e vender por R$ 220, R$230, a vai perder, vai inviabilizar. Mas eu no acredito que chegue a isso no. Acho que at empatar vivel, porque antes a gente matava um boi de trs anos e meio, quatro anos e hoje estamos abatendo, quando um boi de qualidade, com dois anos, dois anos e pouquinho.

Eu fiz um confinamento em 1986 que a gente tratava de carroa engordei 215 bois e comprei 870 cabeas de gado. Isso assim, tratando de carroa, no tinha armazm, tudo bem simples e ainda foi positivo.

Leiagora - O que podemos esperar para o prximo ano?

Aldo - Por causa dessa pandemia estou meio preocupado com o Brasil. Estou vendo um descontrole muito grande no custo. Para mim est bom, mas se para a maioria est ruim no bom. No esto falando em inflao. Esto falando em subir o salrio em R$50, entendeu? Estou preocupado com a situao do assalariado. O mundo virou de ponta cabea. No ano que vem a gente no sabe o que vai acontecer. Tem uma interrogao muito grande por causa desse descontrole.

Para voc ver, o Bolsonaro, todo lugar que ele vai, bem recebido, bem tratado, porque o povo est satisfeito, mas se daqui a pouco o povo comear a ar fome, ter dificuldade, a muda tudo. Esse trem para mudar daqui para ali. Eu estou achando que esse economista do Bolsonaro no est tendo a eficincia que precisa.

Outra coisa que no estou gostando dele que todas as vezes que ele fala, cria problema, ele muito polmico. Eu acho que o cara da economia tem que falar pouco e no criar polmica. Todas as vezes que esse homem fala, ele cria polmica. J basta o presidente, ele no pode falar. Se ele falar j cria polmica. Agora seu brao direito, o homem da economia tambm cria polmica, a fica difcil. Estou bem preocupado com o nosso futuro.

Leiagora - Quais so as principais dificuldades que os pecuaristas enfrentam no Estado? Essa pandemia evidenciou algumas delas?

Aldo - Eu acho que nessa pandemia ns fomos bem. Quer dizer, veio a pandemia e o mal tempo. Na pandemia fomos bem, foi surpresa. Se voc fizesse essa pergunta l no ano ado, eu esperava esse ano ser maravilhoso. A gente estava totalmente eufrico. Eu dizia que o ano que vem seria uma maravilha. Acabou sendo, mas de uma forma que no estamos felizes. Veio essa pandemia e voc no pode sair. Agora ano que vem que a gente no sabe.

O pessoal est trazendo a ferrovia e ns precisamos. Parece que o Bolsonaro est enxergando isso. Tem o problema da distncia, tem o problema dos impostos. A gente participa de um grupo muito forte de Gois e o pessoal reclama demais, e a gente sempre teve um crescimento to bom que no v essa dificuldade.

A gente trabalha com economia, por exemplo: eu sai da fazenda e a gente no tem nenhum gerente. Meus dois filhos esto l. Ento temos sido muito felizes e em um crescimento sempre contnuo. As dificuldades que os outros tem, a gente praticamente nunca teve. No sei se a maneira da gente trabalhar. Gasto uma fortuna, mas s gasto naquilo que volta e naquilo que a produz. Naquilo que a gente sabe que vai ter retorno. O foco nosso trabalho, no conversa, pura realidade. Ento a gente nunca teve essa dificuldade. Para mim o imposto est caro, mas est bom. A gente tem s crescido.

Ns vivamos um momento que o pessoal no estava nem recuperando as estradas, agora parece que o Mauro Mendes est conseguindo. As estradas esto melhores. Esto terminando essa pista dupla chegando aqui em Cuiab. Precisava do resto de pista dupla. Voc tem dificuldade de andar, mas anda. Se sasse uma pista dupla daqui para Sinop no melhorava muito? Mais a um conforto a mais.

Agora essas ferrovias que esto falando, que so para chegar em Lucas [do Rio Verde], pode baixar o custo e melhorar mais ainda. Voc leva um produto mais barato e vem o produto que voc usa mais barato. Tem muita coisa que vem de fora. Nesse ponto eu no sou bom de dar opinio porque ns sempre fomos para frente. Tem gente que tem mais dificuldade.

Leiagora - O medo o pior inimigo do pecuarista?

Aldo - uma questo de viso. O pecuarista tem que ter viso para a pecuria, porque no adianta voc ter coragem e fazer um mal negcio. Voc tem que saber. Por exemplo, meu maior parceiro at hoje o Banco do Brasil. Minha conta desde 1972. Eu sempre devi o banco. Se ele me der mais crdito eu vou pegando, desde que seja um crdito com juros vel. Eu no vou pegar com juros caro para perder dinheiro. Ningum faz milagre. Voc ganha dinheiro se voc tiver dinheiro, tiver coragem e aplicar. Cada ano que a fica mais fcil.

Leiagora - Como ter viso para aumentar a produtividade na fazenda. Ter muito dinheiro o que determina isso?

Aldo - At voc sair do cho, muito difcil. Voc confivel quando voc compra, paga, trata a compra. Vamos dizer, eu tenho um capital de R$100 mil e eu quero fazer uma dvida de R$1 milho. O banco no vai me emprestar, a maioria das pessoas no vo confiar em mim. Eu falo que eu cresci de tijolo e tijolo, s que depois de uma determinada altura, fica tudo mais fcil.

Agora vou te dar um exemplo de viso. Vou te dar um exemplo. Em 94, comprei uma fazenda de 8600 hectares, toda de mato. Era toda bruta, no tinha nenhum hectare aberto. A eu cheguei em Gois, ainda morava em Porangatu e, contei que tinha achado a terra prometida. O asfalto ia at antes de Campo Novo do Parecis, era poleiro, tanta coisa. A um amigo meu, um forte comerciante de gado, no teve coragem de falar para mim, mas falou para minha mulher: ‘Marinez, o Aldo est to entusiasmado com essa terra l e eu s aceitaria ela de presente, com uma condio, que eu pudesse vender ela sem nem ir l’.

Quer dizer, eu achando que tinha achado a terra prometida e para o outro, como se eu tivesse comprado uma merda. Ele era um grande comerciante de gado e ele achou que eu estava fazendo um mal negcio. Tanto a terra prometida que terra superprodutiva. um lugar que estourou. Quando isso acontece, no tem distncia.

A gente ainda trabalha com problema de logstica. Porque l voc compra um produto um pouco mais caro e vende um pouco mais barato. Mas isso uma coisa que voc tem que superar, no tem o que fazer. Pode melhorar com as ferrovias.

Leiagora - Qual conselho o senhor daria para algum que assumiu a fazenda da famlia, ou que quer comear na pecuria e no tem muito conhecimento?

Aldo - Contratar uma empresa, se no tiver muita noo, para voc ter uma orientao para saber aquilo que voc gasta e aquilo que voc ganha. Foi uma coisa muito boa que ns fizemos. Hoje o meu gado tem um chip na orelha. Ns sabemos quantos quilos ele est pesando. Voc coloca ele no confinamento e faz uma estimativa, por exemplo, daqui a tantos dias voc vai ter tantos bois para matar, daqui a tantos dias voc tem tantas vacas para matar. Isso tudo foi tecnologia.

Ns sabemos quanto o boi est comendo, quanto est custando e que ele est comendo. Esses dias ns tivemos um problema. O gado no estava ganhando aquilo que ns espervamos. A foi um tcnico l e ficou vrios dias na fazenda e achou que era o feno. Por isso estamos comprando uma mquina para triturar o feno. Ento, acho que precisa de uma assessoria, se no tiver muita habilidade no negcio.

Leiagora - O senhor muito experiente e mesmo assim contratou uma empresa para te auxiliar na gesto da fazenda. No existe um certo tipo de orgulho nos demais pecuaristas que impede deles terem esse tipo de iniciativa?

Eu sou uma pessoa muito malevel. Eu ficava na fazenda 60 dias, 30 dias, a o pessoal da consultoria perguntou: Voc vai dar conta de no ir na fazenda? Falei que sim. Esse ano estou indo l agora, essa semana. a terceira vez. Eu deixei por conta dos filhos mesmo. S que ainda assim, deixei em partes. Os abates, eles me am quantas cabeas tem para o abate, a gente que marca. A gente que vende. Eu que compro. Eles esto mais na parte da istrao da fazenda, com os funcionrios. A minha mulher que a tesoureira. Ela que faz o pagamento. Ento a gente entregou, mas ainda tem o domnio do negcio.

Qual que foi o objetivo disso a? Eu j comprei mais de 10 propriedades de vivas, ento pensei que eu precisava contratar uma empresa para ensinar meus filhos, para no acontecer isso que voc falou. Por exemplo, se eu morrer hoje eles vo tocar tranquilo os negcios. Pode ter um problema dos dois brigarem. Ainda tem esse problema. Os dois tem um pouco de diferena, a pode atrapalhar. Mas se os dois no brigar, eles vo tocar o negcio muito tranquilo. Morri, morreu. Agora se o cara no tiver tocando o negcio, o pai morre a fica na dificuldade, o que vai fazer, o que no vai fazer.
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