Eduardo Henrique Oliveira, 27 anos, saiu de casa para fazer as compras de Natal nessa segunda-feira (23), o entanto, o que era para ser um eio descontrado se tornou um pesado s vsperas da data festiva. Isto porque, o jovem que deficiente fsico e no possui uma das pernas ou uma situao desumana e constrangedora poder sair do Vrzea Grande Shopping. Ele foi obrigado, inclusive, a ir a p at sua casa para poder retornar e liberar seu carro no estacionamento.
Eduardo conversou com a reportagem do Leiagora e falou sobre o fato. Ele conta que mora prximo do shopping e foi nessa segunda para fazer compras. Ao terminar o eio, foi solicitar a liberao do ticket de estacionamento. Devido deficincia, ele tem direito a iseno. No entanto, foi surpreendido pela informao de que a carteirinha de deficiente no era vlida. Ele ressalta que frequenta o local diariamente e em outras ocasies a carteirinha j havia sido aceita.
Sendo assim, ele se dirigiu at a estao de pagamento digital, mas infelizmente oferecia apenas a opo de dbito. “Eu estava em posse de dois cartes de crdito, sem nenhum real em espcie”, contou. Retornou ao guich e a atendente disse que no tinha outra alternativa.
O supervisor foi acionado e as opes dadas foram: ir alguma loja ar o carto e solicitar que retornassem o dinheiro, o que Eduardo considerou um absurdo visto que j estava sendo exposto, solicitou inclusive ento que o funcionrio o acompanhasse para explicar a situao em alguma loja, mas foi ignorado. Depois solicitou que ele acionasse algum para ir at o shopping levar o dinheiro, o que causaria transtorno a terceiro, ir sacar em algum caixa 24 horas, mesmo ele falando que estava apenas com carto de crdito, ou ainda ironicamente ofereceu que o ticket fosse liberado mediante o desconto no salrio da atendente.
“Nenhuma das alternativas era fcil, pedi muito para poder validar a minha carteirinha de deficiente e considerar a situao, mas nenhuma exceo foi aberta e tive que sair do shopping ir ate a minha residncia, para pegar a minha CNH e o dinheiro para retornar ao shopping e conseguir sair com meu carro”.
Ao retornar e buscar a istrao do shopping para relatar o ocorrido, falaram que estava respaldados pela legislao do municpio de Vrzea Grande. No entanto, vale destacar que o Estatuto da Pessoa com deficincia (Lei 13.146/2015) federal e se sobrepe qualquer legislao municipal. Com os documentos, chegaram a pedir para liberar o ticket, mas j cansado e humilhado, Eduardo se recursou e efetuou o pagamento normalmente para sair do prdio.
“Mas pediram para liberar o meu ticket depois que ja tinha ido em casa a p e estava todo suado, fiquei muito chateado. Particularmente no gosto de compartilhar essas coisas, pois em 20 anos de deficiente nunca presenciei tal constrangimento, muito lamentvel”, relatou.
“Foi uma situao desumana. O ponto foi a inflexibilidade e tenho minha deficincia visvel. No consideraram de jeito nenhum. Foi triste. Sempre tento conduzir tudo na paz, com dilogo, mas o fato que foram muito inflexvel”, finalizou.
Outro lado
A assessoria do Vrzea Grande Shopping informou o ocorrido trata-se de um ato isolado e a empresa tem uma poltica inclusiva com atividades voltadas s pessoas com deficincia. O shopping refora que a poltica sempre de acolhimento e em quatro anos de funcionamento o estabelecimento tem um fluxo grande de pessoas com deficincia e tenta de todas as formas tornar as experincias agradveis.