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09/09/2019 s 18:07 2535k

Delegado diz que madrasta gerenciava dinheiro da famlia 3p318

A mulher matou a enteada por conta de um herana milionria que a menina tinha recebido. 4o435t

Luzia Arajo

Delegado diz que madrasta gerenciava dinheiro da fam

Foto: Reproduo

O delegado da Delegacia Especializada de Defesa da Criana e do Adolescente (Deddica), Wagner Bassi, disse que a suspeita, Jaira Gonalves de Arruda, de 42 anos, madrasta de Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, gerenciava o patrimnio da famlia. A mulher foi presa nessa segunda-feira (09), pela Polcia Judiciria Civil, em cumprimento de mandado de priso temporria (30 dias), por matar a menina por envenenamento para ficar com a herana da vtima.

O crime foi descoberto pela Polcia Judiciria Civil durante investigaes da Delegacia Especializada de Defesa da Criana e do Adolescente (Deddica) de Cuiab. A menina morta em junho de 2019. O crime foi premeditado e praticado em doses dirias durante dois meses.

“A nossa investigao apontou que a madrasta gerenciava o patrimnio da famlia. Como ela fazia isso indiretamente, ela ficaria com o dinheiro. O herdeiro da menina o pai, mas a mulher istrava o dinheiro. Isso j aconteceu em outras oportunidades. Um exemplo foi quando os avs paternos da vtima morreram. Eles deixaram um patrimnio para filho e a madrasta gerenciou o patrimnio e vendeu. A partir do momento que o dinheiro ficasse com o pai da menina, automaticamente a madrasta tambm faria uso do dinheiro”, contou o delegado ao Leiagora.

Bassi disse ainda que o pai da vtima, que no teve o nome divulgado, suspeito de participar do crime. “H uma suspeita da participao do pai. Ele diz que no sabia de nada e que no acredita que madrasta cometeu o crime, mas ele ser investigado”, disse Wagner.

A investigao aponta que a madrasta matou a criana com uso de um veneno com venda proibida, ministrando gota a gota, em pequenas doses durante dois meses, entre abril e junho de 2019.

Wagner explicou que o produto utilizado pela mulher conhecido como carbofurano, uma espcie de inseticida de lavoura, que deve ter sido comprado pelo mercado negro. “Estamos investigando como ela teve o a esse produto. A venda dele proibida desde 2017”.

O crime

No dia 14 de junho de 2019, a vtima Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, faleceu de causa at ento indeterminada. A vtima deu entrada em um hospital particular, j em bito. Inicialmente houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois havia inchao na genitlia, mas depois foi descartado o abuso durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML), da Percia Oficial e Identificao Tcnica (Politec).

O laudo pericial apontou morte por causa indeterminada. A Politec colheu materiais para exames complementares. Nos exames realizados pelo Laboratrio Forense, mediante Pesquisa Toxicolgica Geral, foram detectados no sangue da vtima duas substncias, uma delas veneno que provoca intoxicao crnica ou aguda e a morte.

"Essa substncia no encontrada em medicamentos, portanto, sua ingesto por humanos somente pode ocorrer de forma criminosa. Os sintomas da sua ingesto so: viso borrada, tosse, vmito, clica, diarreia, tremores, confuso mental, convulses, etc.", explicaram os delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi, que conduzem as investigaes.

Conforme os delegados, as investigaes apontam para autoria da madrasta. "Notamos que a menina era envenenada a conta gotas, ou seja, ela ia dando um pouquinho do veneno, para no aparecer, porque chega no hospital, a criana est ando mal, morre de causa indeterminada, por alguma infeco, pneumonia, meningite, como muitas vezes suspeitaram", salientam.

Os delegados informaram que todas as vezes que a menina ava mal era socorrida e levada ao hospital, l ficava internada 3 a 7 sete dias e melhorava, em razo de ter cessado a istrao do veneno. Mas ao retornar para casa, voltava a adoecer novamente. O sofrimento durou cerca de dois meses, em que a menina ficou internada por nove vezes em hospitais particulares.

Na ltima vez que foi parar no hospital, a menina chegou j em bito. Por conta disso, o hospital no quis declarar o bito, mas suspeitava de ser meningite. Nessa ocasio, foi acionada a Delegacia Especializada de Homicdio e Proteo Pessoa (DHPP), que diante de falta de evidncias sobre morte violenta, requisitou vrios exames por precauo, num desses exames periciais foi detectado a substncia venenosa no sangue da menina.

Motivao

Assim, o caso foi encaminhado Deddica que procedeu com toda a investigao descobrindo o plano de envenenando, por conta de um herana milionria que a menina tinha recebido, ao nascer, fruto de uma indenizao pela morte de sua me, durante parto dela em um hospital, na capital, por erro mdico.

A ao foi movida pelos avs materno da criana, que ingressou na Justia pela indenizao, que em 2019, aps 10 anos, foi encerrado o processo, com causa ganha a famlia de R$ 800 mil, incluindo os descontos de honorrios advocatcios.

Parte do dinheiro ficaria depositado em uma conta para a menina movimentar somente na idade adulta. A Justia autorizou que fosse usada uma pequena parte do dinheiro para despesas da criana, mas a maior quantia ficaria em depsito para uso aps a maioridade, aos 24 anos.

O pagamento da ao iniciou em 2019. At 2018, a menina era criada pelos avs paternos. Em 2017, a av morreu e no ano seguinte (2018) o av faleceu tambm, ando a garota a ser criada, naquele mesmo ano, pelo pai e madrasta. A partir da iniciou o plano da mulher para matar a criana com o objetivo de ter o ao dinheiro.

"Mas quem era responsvel mesmo era a madrasta e ela quem gerenciava os cuidados com a menina", afirmam os delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi.

A mulher, que no teve o nome divulgado ainda, foi ouvida aps a morte da menina e contou que convive com o pai da vtima desde que ela tinha 2 anos de idade e que se considerava me dela. Ela declarou que a afilhada comeou a ficar doente em 17 de abril de 2019, apresentando dor de cabea, tontura, dor na barriga e vmito.

A suspeita foi levada para a sede da Deddica, em Cuiab.
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