A ministra Tereza Cristina participou nesta segunda-feira (8) do lanamento do Plano Safra 2019/2020 do Banco do Brasil, em Campo Grande (MS). Segundo ela, “se Deus quiser”, no prximo Plano Safra o governo vai disponibilizar R$ 2 bilhes para o Seguro Rural, o dobro do que foi liberado para 2020.

“Esse o caminho da modernidade e da incluso de outras instituies de crdito para estarem juntos conosco tambm no crdito rural e fazer uma parte desse papel to importante que o Banco do Brasil sempre desenvolveu na agropecuria brasileira. Mas est na hora de outros contriburem. A nossa agropecuria cresceu muito, e pode crescer muito mais”, disse a ministra.

Para 2020, ser destinado R$ 1 bilho para subvencionar a contratao de aplices do seguro rural em todo o pas. Com esse valor, cerca de 150,5 mil produtores rurais podero ter a safra segurada. Devem ser contratadas 212,1 mil aplices, com a cobertura de 15,6 milhes de hectares e valor segurado de R$ 42 bilhes.

Para a ministra, o grande ganho do Plano Safra 2019/2020 foi a unificao do financiamento. “A pedido do presidente Bolsonaro, temos agora uma s agricultura. No temos mais pequenos, mdios e grandes agricultores, temos uma poltica agrcola. claro que os pequenos, aqueles que precisam ser ajudados vo continuar sendo, e outros esto sendo ‘desmamados’ aos poucos”, disse a ministra.

O secretrio de Poltica Agrcola do Ministrio, Eduardo Sampaio Marques, apresentou os principais nmeros do Plano Safra 2019/2020, que prev R$ 225, 59 bilhes para apoiar a produo agropecuria nacional. Do total, R$ 222,74 bilhes so para o crdito rural (custeio, comercializao, industrializao e investimentos), R$ 1 bilho para o Programa de Subveno ao Prmio do Seguro Rural (PSR) e R$ 1,85 bilho para apoio comercializao.

O Banco do Brasil destinar R$ 103 bilhes em crdito para a safra 2019/2020, valor 20% superior ao realizado na safra anterior. Para o Mato Grosso do Sul, sero R$ 9,5 bilhes (R$ 4,4 bilhes para custeio, comercializao e industrializao e R$ 5,1 bilhes para investimentos).

Sobre o Programa Moderfrota, a ministra explicou que , como o "cobertor curto", teve ordem expressa do presidente de atender primeiro os pequenos e os mdios. “Eles receberam um valor um pouco maior do que no ano ado. Fizemos outras ferramentas de crdito para que eles possam vender equipamentos, mas que outros bancos e no s o governo brasileiro coloque dinheiro nesses programas”, explicou a ministra.

Tambm participaram do evento os secretrios do Ministrio Orlando Ribeiro (Comrcio e Relaes Internacionais), Jorge Seif Jr. (Aquicultura e Pesca) e Jos Guilherme Leal (Defesa Agropecuria). Tambm participaram o Diretor de Agronegcios do BB, Marco Tlio Moraes da Costa, e o superintendente Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, Sandro Grando.

Patrulhas

A ministra tambm participou em Campo Grande da entrega de 101 patrulhas mecanizadas em 14 municpios, alm de implementos agrcolas. Os recursos so estaduais e federais, provenientes de emendas parlamentares da bancada de Mato Grosso do Sul.

“Sabemos o que isso traz de benefcio para os pequenos agricultores, para os agricultores familiares, para os assentamentos e para os prefeitos, que podem organizar a produo nos seus municpios”, disse.

Acordo

A ministra tambm lembrou o acordo Mercosul-Unio Europeia, fechado recentemente. “O Brasil foi decisivo e a agricultura brasileira foi quem bateu o martelo para fechar esse acordo. Vamos ter muitos benefcios, mas vamos ter que fazer a lio de casa. Tenho certeza que o Brasil ser competitivo, vamos poder atingir mais de 600 milhes de pessoas com esse acordo”

Regularizao de ttulos

A ministra anunciou que, a partir de agosto, o governo vai regularizar o maior nmero possvel de ttulos.

“Estamos preparando os cadastros e fazendo tudo da melhor maneira para que possa ser entregue o maior nmero possvel de ttulos, pra que vocs possam fazer das suas propriedades o que bem entenderem. A vocs vo ser donos do seu nariz., podero pegar crdito e poder empreender”, disse.

Defensivos

Em entrevista imprensa, a ministra tambm comentou sobre o que chamou de “desinformao para deixar o consumidor brasileiro aterrorizado”, em relao liberao de defensivos agrcolas no pas. Ela explicou que o que houve nos ltimos meses foi uma mudana na metodologia de registros que ficavam parados ideologicamente

“O Brasil est liberando produtos mas tambm est revendo outros produtos que podero ser banidos ou requisitados para ver a forma de uso”, disse Tereza Cristina, lembrando que, mesmo com a liberao de mais registros, no aumentou o nmero de produtos comercializados no pas.

A ministra garantiu que os alimentos produzidos no Brasil so seguros. “Vocs acham que teramos todos esses pases recebendo os nossos produtos se estivssemos acima do Codex Alimentarius, que diz o quanto cada produto pode ter de resduos? O que temos que ter acompanhamento do pequeno agricultor, que precisa se proteger quando a esse defensivo, porque ele o mais prejudicado se no tomar os devidos cuidados”, concluiu.

Direto de Braslia, com Mapa