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Notcias / Agro e Economia 2k5q5a

22/08/2018 s 11:37 3n3051

Efeito do tabelamento do frete na economia vai alm do mensurvel, diz consultor 6r2z3o

Redao Leiagora

Os impactos do tabelamento do frete rodovirio sobre a economia so grandes e vo muito alm dos nmeros, afirmou nesta quarta-feira, 2, o consultor Cludio Frischtak, da consultoria Inter.B, durante o seminrio Frete sem Tabela, Brasil com Futuro, promovido por oito entidades do setor produtivo. "Os custos econmicos esto subestimados", afirmou. "Eles vo alm do mensurvel, porque afetada a confiana do produtor e o capital social destrudo."

Ele comentou que os estudos sobre economia comportamental, rea que levou recentemente um prmio Nobel de Economia, apontam para a importncia da psicologia dos produtores. "O dano, nesse caso, permanente", disse. "Teremos danos permanentes na cabea das pessoas."

Para o consultor, a m condio da infraestrutura brasileira est na raiz da paralisao. Os investimentos dependero do capital privado, dadas as restries fiscais do governo. Mas tabelamento, disse, trouxe insegurana jurdica e afetou a confiana dos agentes econmicos. "O tabelamento vai contra os requisitos bsicos da recuperao dos investimentos", afirmou. Hoje esse volume corresponde a 15% do PIB e baixo. Para sustentar um crescimento da ordem de 3% seriam necessrios 22%.

O uso da ANTT para definir a tabela do frete "sem base tcnica" elevou o risco regulatrio do Pas, afirmou. Ele est prximo dos 200 pontos, quando o razovel seria de 35 pontos a 40 pontos.

"O tabelamento tem o efeito de um novo tributo", avaliou. Mas um tributo ineficaz, pois transferido diretamente a um grupo de interesse. E at mesmo esse grupo, o dos caminhoneiros, pode ser prejudicado. Entre outras razes, porque a tabela pode congelar uma situao de mercado que no era favorvel a eles, que reclamavam dos preos baixos pagos pelo servio.

Segundo Frischtak, o pacote do governo para os caminhoneiros "ignora as causas e agrava as consequncias" do cenrio que levou paralisao. No ataca as causas, porque no ataca a falta de investimento em infraestrutura. E agrava as consequncias, por exemplo, por causa da deciso de no cobrar pedgio sobre os eixos suspensos dos caminhes vazios e, segundo, por direcionar R$ 11 bilhes em recursos pblicos para subsidiar o diesel, um dinheiro que poderia ser investido. "Regredimos mais que trs dcadas", lamentou.

Direto de Braslia, Lu Aiko Otta - Estado Contedo

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