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04/07/2018 s 15:45 185l1p

Bolsonaro defende generais em ministrios e diz que presidentes anteriores nomearam terroristas 1s576s

Iury Lupaudi

A empresrios que o aplaudiram dez vezes durante discurso nesta quarta-feira (4), o presidencivel Jair Bolsonaro (PSL-RJ) defendeu a escalao de militares para ocupar alguns dos 15 ministrios que pretende ter em um eventual governo dele, j que, afirmou ele, presidentes anteriores nomearam terroristas e corruptos.

"Vou botar alguns generais nos ministrios caso eu chegue l [ Presidncia da Repblica]. Qual o problema? Os [presidentes] anteriores botavam terroristas e corruptos e ningum falava nada", disse Bolsonaro em evento promovido pela CNI (Confederao Nacional da Indstria) com pr-candidatos ao Planalto. "Quando falam da Dilma, ela botou terrorista. o meio dela", disse depois, em entrevista coletiva, onde antecipou que pretende colocar militares em pastas como Defesa, Transportes e Cincia e Tecnologia.

Indagado especificamente sobre o Ministrio da Educao, respondeu que "tanto faz ser civil ou militar". "No general por ser general. pela competncia", afirmou, dizendo que a possibilidade de um general ser corrupto menor. J no incio de sua fala aos empresrios, o deputado justificou sua falta de conhecimento em economia, fez a primeira das crticas imprensa e culpou economistas pela crise atual vivida no pas.

"Quando falei que no entendia de economia, entendi que a grande mdia fosse levar para o lado da humildade. Ser que temos que entender de tudo para se apresentar a um cargo to importante como este [presidente]? Quem botou o Brasil nesta situao, se no foram os economistas? Um presidente como um tcnico. No vai jogar bola, no vai entrar em campo. Precisa ter discernimento, humildade, fora para buscar soluo para os problemas", afirmou.

Em diversos momentos, disse frases como "no quero falar aquilo que no domino com grande propriedade", "tenho muito mais a aprender do que ensinar" ou afirmou que quem deveria responder algumas questes era o economista Paulo Guedes, que presta consultoria econmica em sua pr-campanha.

Ressaltando que "ningum quer o mal do meio ambiente", props fundir os Ministrios da Agricultura e do Meio Ambiente e disse que o pas est "inviabilizado" por questes ambientais, indgenas e quilombolas.Ele tambm criticou aquilo que chamou de "fosso ideolgico" e afirmou que "mais ou to grave que a corrupo a questo ideolgica". As crticas do presidencivel chegaram ainda ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo Bolsonaro, o pas ficar "ingovernvel" com "este Supremo".

"A gente precisa de um presidente que evite que o nosso Supremo Tribunal Federal continue legislando, bem como o Conselho Nacional de Justia legisla tambm", afirmou Bolsonaro. O pr-candidato falou brevemente sobre a Lava Jato. Em tom de brincadeira, disse querer encontrar o juiz federal Sergio Moro "em qualquer lugar do Brasil, menos em Curitiba". Tambm citou o empresrio Lo Pinheiro, da OAS, questionando se o delator no foi chantageado pelos investigadores.

Em um discurso superficial que agradou a plateia, Bolsonaro fez afirmaes como "jamais quero ser patro no Brasil com esta legislao", "temos que valorizar os senhores porque sem patro no h empregado" e "os senhores so os nossos patres". Sem entrar em detalhes, falou em manter a inflao baixa e a taxa de juros e em ter um dlar "que no atrapalhe" sem aumentar impostos.

Defendeu desregulamentao, desburocratizao e que o governo no fique "no cangote dos empresrios". "O governo [tem que] entender que ele o empregado, no o patro", afirmou. Em questes sociais, disse ser contra o sistema de cotas (e foi aplaudido), repetiu que "tem que entrar com lana-chamas para queimar Paulo Freire", numa crtica metodologia de ensino do educador, e foi irnico ao falar dos homossexuais.

"Nada contra quem feliz com seu parceiro semelhante. V ser feliz. Quem sabe amanh eu seja tambm? problema ou soluo para mim", indagou provocando risos. Em entrevista, disse que as pessoas acham que ele um troglodita, mas que evoluiu e que participar de todos os debates. Ele tambm reclamou que, no Brasil, "esto tirando nossa alegria de viver" por no se poder contar mais piadas preconceituosas sobre gachos, cearenses e goianos. Disse que, em anos ados, fazia pelada "dos brancos com os afrodescendentes sem problema nenhum".

"Vamos fazer um Brasil diferente, resgatar os nossos valores, comemorar o Dia das Mes. Todo mundo veio do ventre de uma mulher. Comemorar o Dia dos Pais, falar 'ah, meu filho nasceu macho, vai ser igual ao Neymar'. 'No, ele vai decidir o sexo dele quando tiver 13 anos de idade'. Vamos acabar com isso." No evento, foi novamente aplaudido ao dizer que a mdia e a populao em geral deveriam parar de olhar para os empresrios como se fossem bandidos.

Na rea poltica, agradou a plateia ao dizer, sem especificar, que no conversaria com "trs, quatro partidos" e que no colocaria "um busto do Che Guevara no Planalto". Afirmou que, eleito, ir fazer negociaes individuais. Aos jornalistas, afirmou que "se ficarem obcecados em me destruir, no vo conseguir" e criticou o que classificou como uma tradio do Brasil: "eleger presidentes corruptos, de esquerda e inimigos dos americanos". Ele ainda defendeu a poltica de imigrao do presidente dos EUA, Donald Trump. "Entra qualquer um na casa de vocs? No. Por que no pas dos outros pode entrar qualquer um?", indagou.

Braslia - Folhapress

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