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'QUEM O BEM, QUEM O MAL?' 2l4e4r

Agora Pod | Procurador aponta que ausncia do Estado abre caminho para o avano das faces em comunidades carentes 505ij

O procurador defende que o combate s faces exige duas frentes: polticas pblicas transformadoras e represso severa: "O lugar dessa gente atrs das grades" 1b4c6y

Alline Marques e Eloany Nascimento

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Foto: Agora Pod / Leiagora

A expanso do crime organizado em bairros perifricos no acontece por acaso. Segundo o procurador de Justia Paulo Prado, titular da Procuradoria Especializada na Defesa da Criana e do Adolescente, a ausncia do Estado em regies vulnerveis tem sido um terreno frtil para o avano das faces criminosas. Sem o a servios pblicos bsicos, como sade, educao e segurana, comunidades inteiras se tornam alvo fcil de aliciamento — inclusive de crianas e adolescentes.

“A gente tem que ser extremamente lcido para avaliar isso a. Isso um horror. Sim, um horror. Isso tem que ser enfrentado com muita rigidez. Tem que endurecer, tem que endurecer, mas por que que as faces esto aumentando? Porque a comunidade no encontra o Estado, a figura do Estado. No tem um posto de sade prximo da comunidade. No tem uma escola atrativa, com condies de oferecer perodo integral, lazer, recreao para as crianas. Voc no tem nenhum projeto social naquele bairro”.

Prado descreve como a ausncia do poder pblico rapidamente ocupada pelas faces, que oferecem o que o Estado falha em entregar: assistncia, acolhimento e presena constante, ainda que com interesses escusos.

“A a faco criminosa chega no bairro e quando essa comunidade busca, distante da sua casa, sem iluminao pblica, com ruas no pavimentadas, sem nenhum projeto social, sem nenhum programa, no bairro mais distante, esse apoio ele recebido como? Ele acolhido ou ele tratado como mais um cidado da fila? Mais um cidado que veio para trazer dificuldade para aquele outro bairro?”.

Com um discurso sedutor e aes simblicas, como a doao de alimentos e a organizao de festas, as faces ganham a simpatia de parte da populao — especialmente da juventude.

“O que que a faco criminosa faz? Ela estuda isso, porque eles no so bobos. Se aloja naquela comunidade, arruma um campinho de futebol para a meninada. Oferece o assistencialismo, uma cesta bsica, coloca um ‘bailado’ final de semana, d um jogo de camiseta, uma carne assada. A a sociedade que maltratada nos rgos pblicos, que mal recebida nos rgos pblicos, ela pergunta: ‘Mas quem o bem, quem o mal aqui?’”

O procurador defende que o combate s faces exige duas frentes: represso severa e polticas pblicas transformadoras. “Precisamos, em primeiro lugar, realmente acabar com as faces criminosas, prender todo esse povo, mas tambm proporcionar dias melhores para essas comunidades”, afirma.

Para ele, no se trata apenas de prender. preciso oferecer alternativas reais a quem hoje encontra nas faces um caminho — muitas vezes, o nico. “Pensar em grandes projetos sociais. Voc tem que conquistar essa comunidade que se sente rf, que se sente abandonada, ela se sente excluda do contexto social em que ela vive. um dos motivos, um dos motivos esse, t? Falta de emprego, t?”

Quando questionado se o crescimento das faces est diretamente ligado ausncia do Estado, o procurador categrico:

“Esse um dos motivos. E o outro que ns temos que agir com muito rigor. Esse pessoal tem que ser preso, o pessoal tem que ir para cadeia, no pode soltar. Aumento das penas, tolerncia zero.”

Prado refora que o Ministrio Pblico tem atuado de forma incisiva para desarticular essas organizaes, inclusive por meio de operaes de impacto.

“Temos pedido priso de todo mundo, realizado grandes operaes. O Gaeco realizou recentemente grandes operaes para desbaratar esse povo. O lugar dessa gente atrs das grades.”

A fala de Paulo Prado escancara um dos dilemas mais urgentes das periferias brasileiras: a disputa pela presena. Onde o Estado no chega com dignidade, a criminalidade ocupa com seduo. E nesse cenrio, crianas e adolescentes, muitas vezes, no so apenas vtimas — mas tambm alvos estratgicos.
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