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Notcias / Agro e Economia 2k5q5a

09/05/2025 s 11:51 61j

ECONOMIA 5t6y2c

Inflao perde fora pelo 2 ms seguido e fecha abril em 0,43% 3a5a5g

IPCA pressionado por preos de alimentos e remdios r5g22

Agncia Brasil

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Foto: Tnia Rgo/Agncia Brasil/Arquivo

A inflao oficial fechou abril em 0,43%, pressionada principalmente pelos preos dos alimentos e de produtos farmacuticos. O resultado mostra desacelerao pelo segundo ms seguido, aps o ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA) ter marcado 1,31% em fevereiro e 0,56% em maro.

O ndice o maior para um ms de abril desde 2023 (0,61%). Em abril de 2024, a variao havia sido de 0,38%.

No perodo de 12 meses, o IPCA soma 5,53%, o maior desde fevereiro de 2023 (5,6%) e acima da meta do governo. Em maro, esse acumulado era de 5,48%.Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

A meta de inflao estipulada pelo Conselho Monetrio Nacional (CMN) de 3%, com tolerncia de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.

Desde o incio de 2025, a meta considerada descumprida se ficar seis meses seguidos fora do intervalo de tolerncia. Todos os resultados desde janeiro figuraram acima do teto.

Alimentos e remdios

Dos nove grupos de preos pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram inflao positiva, com os maiores pesos exercidos por alimentos e sade. Juntos, esses dois grupos responderam por 0,34 ponto percentual (p.p.) do IPCA.

- Alimentao e bebidas: 0,82% (0,18 p.p.)

- Habitao: 0,14% (0,02 p.p.)

- Artigos de residncia: 0,53% (0,02 p.p.)

- Vesturio: 1,02% (0,05 p.p.)

- Transportes: -0,38% (-0,08 p.p.)

- Sade e cuidados pessoais: 1,18% (0,16 p.p.)

- Despesas pessoais: 0,54% (0,05 p.p.)

- Educao: 0,05% (0 p.p.)

- Comunicao: 0,69% (0,03 p.p.)

Maior impacto

Apesar de representar o maior impacto de alta na inflao de abril, o grupo alimentos e bebidas mostra desacelerao ante maro, quando foi de 1,17%.

Os alimentos integram o grupo de maior peso no IPCA, por isso, mesmo desacelerando, exercem impacto importante na mdia de preos da cesta de consumo dos brasileiros. Os produtos que mais puxaram para cima o preo da comida foram:

- batata-inglesa (18,29%)

- tomate (14,32%)

- caf modo (4,48%)

Caf sobe80,2%

Em 12 meses, o caf apresenta alta de 80,2%, configurando-se a maior variao acumulada desde o incio do Plano Real em julho de 1994.

Por outro lado, o arroz, que caiu 4,19%, foi o item alimentcio que mais colaborou para segurar os preos. O ovo, que vinha sendo um dos viles (alta de 16,74% em doze meses), recuou 1,29% em abril.

De acordo com o gerente da pesquisa, Fernando Gonalves, a inflao dos alimentos muito influenciada por questes climticas. “Muitos deles tiveram questo de clima, ou chove muito ou no chove”, afirma.

“Os efeitos da natureza no tm como controlar”, observou.

Fernando destaca que o ndice de difuso - indicador que mostra a proporo de subitens que tiveram aumento de preo no ms - ou de 55% para 70% dos 168 produtos alimentcios pesquisados.

Em todo o IPCA, o ndice de difuso ficou em 67% dos 377 subitens apurados – o maior desde dezembro de 2024 (69%).

No grupo sade e cuidados pessoais, o resultado foi influenciado porprodutos farmacuticos, que subiram 2,32%, por conta do reajuste de medicamentos de at 5,09%autorizado pelo governo a partir de 31 de maro.

Alvio nos transportes

O grupo de transportes foi o nico a ter queda nos preos (-0,38%), resultado influenciado pela reduo dos preos das agens areas (-14,15%), o que exerceu o principal impacto negativo no IPCA de abril, com peso de -0,09 p.p.

Os combustveis tambm ajudaram, recuando 0,45%. Todos tiveram variao negativa:

leo diesel: -1,27%

gs veicular: -0,91%

etanol: -0,82%

gasolina (subitem que mais pesa no IPCA): -0,35%

Fernando Gonalves destaca que “houve reduo no preo do leo diesel nas refinarias a partir de 1 de abril e, no caso do etanol, houve avano na safra”.

Foco do BC

Ao separar a inflao entre itens de servios e controlados, o IBGE aponta que o agregado de servio desacelerou de 0,62% em maro para 0,20% em abril. J os preos monitorados, ou seja, controlados pelo governo, aceleraram de 0,18% para 0,35%.

O comportamento da inflao de servios um dos fatores avaliados pelo Comit de Poltica Monetria (Copom) do Banco Central (BC)para decidir o nvel da taxa bsica de juros, a Selic, atualmente em 14,75% ao ms. A definio da Selic uma das formas de buscar o controle da inflao. Quanto maiores os juros, menos favorvel ao consumo fica a economia, tendendo a segurar os preos.

“No agregado de servios, a desacelerao explicada pela queda das agens areas. E nos monitorados, a explicao para a acelerao vem do aumento dos produtos farmacuticos”, explica Gonalves.

A energia eltrica residencial apresentou queda de 0,08%, devido reduo de tributos (PIS/Cofins) em algumas reas.

INPC

O IBGE divulgou tambm que o ndice Nacional de Preos ao Consumidor (INPC)teve alta de 0,48% em abril.

A diferena entre os dois ndices que o INPC apura a inflao para as famlias com renda de at cinco salrios mnimos. J o IPCA, para lares com renda de at 40 salrios mnimos. Atualmente, o mnimo de R$ 1.518.

O IBGE confere pesos diferentes aos grupos de preos pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos representam 25% do ndice, mais que no IPCA (21,86%), pois as famlias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na tica inversa, o preo de agem de avio pesa menos no INPC do que no IPCA.

O INPC influencia diretamente a vida de muitos brasileiros, pois o acumulado mvel de 12 meses costuma ser utilizado para clculo do reajuste de salrios de diversas categorias ao longo do ano.
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