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12/12/2024 s 15:03 3i10m

'VENDA CANCELADA' 622s1f

Trs so presos acusados de usar empresa de venda de veculos para traficar drogas em MT 1gz1l

Mandados de priso e busca e apreenso foram cumpridos em Sinop e Cceres, nesta quinta; contas bancrias dos alvos foram bloqueadas 54y2d

Leiagora

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Foto: Assessoria

Trs suspeitos de trfico foram presos nesta quinta-feira (12), em Sinop (480 km de Cuiab) e Cceres (218 km), pela 'Operao Venda Cancelada', deflagrada pela Delegacia Especializada de Represso a Entorpecentes (DRE) contra investigados por usar uma empresa de revenda de veculos como fachada para o crime.

Alm das trs prises, roram cumpridas trs ordens de buscas. Tambm foram bloqueadas contas bancrias dos alvos.

A investigao da DRE teve incio a partir da apreenso de 210 tabletes de maconha em junho deste ano, quando a Gerncia de Combate ao Crime Organizado interceptou uma caminhonete na MT-010, no Distrito de Nossa Senhora da Guia. O veculo era conduzido por H.S.A., de 38 anos, que acabou confessando o transporte da droga.

A partir das informaes reunidas no inqurito policial, a unidade especializada identificou a cadeia de supostos proprietrios da caminhonete apreendida e um esquema envolvendo uma garagem de veculos, em Sinop.

“A investigao chegou ao proprietrio da garagem e identificamos que as vendas orquestradas da caminhonete flagrada com o entorpecente voltavam novamente a ele. Ou seja, a inteno no esquema era adquirir veculos e coloc-los disposio do trfico de entorpecentes”, explicou o delegado Caio Fernando Albuquerque.

A operao desta quinta-feira tambm far verificao sobre a origem dos veculos que esto na revenda de um dos investigados por trfico de drogas.

Venda simulada da caminhonete

O comprador da caminhonete,tambm ouvido em depoimento, alegou que viu o veculo venda por um site e teria pago vista R$ 130 mil, alegando ser dinheiro proveniente da venda de gado. Disse ainda que no assinou contrato da compra, indo apenas ao cartrio com um funcionrio da garagem para a transferncia de propriedade. Um ms depois, ele alegou que revendeu o veculo em Cceres por R$ 160 mil em um contrato sem reconhecimento de firma.

Documentos reunidos no inqurito mostram que o comprador da caminhonete forneceu como seu endereo o mesmo local onde est a garagem, alm do nmero de telefone em nome de um dos funcionrios da revenda de carros em Sinop. E ainda, ele nunca teve criao de gado ou propriedade rural e trabalhava como garom em Cceres.

As diligncias da DRE comprovaram que o dono da garagem comprou o veculo de uma empresa que fez a negociao, por meio de uma procurao pblica, em nome de um funcionrio da revenda de carros, para que o veculo retornasse a ele. Ou seja, a revenda da caminhonete entre a garagem e o comprador foi uma simulao criada para dar crdito ao negcio ilcito e, em caso de apreenso pela polcia com entorpecente ou outra conduta ilcita, nenhum deles fosse atingido.

“Os investigados alegaram que a compra foi feita ‘aleatoriamente’, de pronto interesse e pagamento em dinheiro. Oportuno ressaltar o repentino interesse de uma pessoa, morador de Vrzea Grande, pela compra de veculo em Sinop, a ponto de se hospedar em hotel nesta cidade apenas para tal negociao e fazer pagamento em espcie e sem qualquer recibo ou outro documento comprobatrio”, observou o delegado Caio Fernando.

Movimentaes atpicas

Informaes financeiras reunidas na investigao demonstraram movimentaes atpicas em contas bancrias em nome dos trs investigados – dono e funcionrio da garagem de veculo e o suposto comprador da caminhonete.

A garagem, que foi constituda com capital social informado de R$ 100 mil e faturamento mdio mensal de 19 mil. Contudo, em pouco menos de um ano, a conta da empresa teve crditos somados em mais de 5 milhes de reais.

“Identificamos valores e movimentao incongruentes com o faturamento declarado da revenda de veculos, alm da aparente utilizao da conta para trnsito de recurso de terceiros e rpida agem de recursos pela conta sem maiores justificativas. Ou seja, a empresa vem auferindo ganhos totalmente incompatveis com o contexto lcito, mas esperado no contexto de atividade empresarial de fachada para aes criminosas”, ressaltou o delegado da DRE.
Com assessoria
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