Ao ser preso pelo assassinato de sete pessoas, Edgar Ricardo de Oliveira teria confidenciado aos policiais que fizeram a sua conduo at a delegacia, que no se arrependia do crime e que as vtimas eram “farinha do mesmo saco” e “no valiam nada”. A informao foi reada pelo investigador Wilson Cndido de Souza, durante depoimento em julgamento do ru confesso na manh desta tera-feira (15).
“Ele falou que todos aqueles que ele matou no valiam nada e que todos eram farinha do mesmo saco, todos vagabundo. S que ele no deu uma explicao com quem que ele tinha problema, ele simplesmente s falou que todos eram vagabundos e que mereciam”, disse.
Segundo o investigador, os policiais teriam questionado sobre a morte da menor de 12 anos, e o que ela teria haver com a histria. Momento em que Edgar disse “essa menina no era para matar”.
Wilson conta que a entrega de Edgar foi toda articulada pelo advogado Marcos Vinicius Borges, que procurou a delegacia da Diviso de Homicdios para fazer a negociao. Na oportunidade foi feita duas exigncias, que seria a presena da imprensa no momento da priso, e ainda a garantia de que o jurista acompanhasse o assassinado dentro do carro da polcia.
Feito o acordo, no dia seguinte foi reada a localizao do paradeiro de Edgar e os policiais, o advogado e a imprensa se deslocaram at o local, em uma residncia no bairro Jardim Califrnia, em Sinop.
Dentro da viatura os investigadores, delegado, questionaram o que teria motivado Edgar a cometer essa barbrie, foi quando ele falou as atrocidades.
Edgar est preso na Penitenciria Central do Estado, em Cuiab. Ele se entregou a polcia dois dias aps o crime, ao saber da morte do seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, durante um confronto, que aconteceu em uma rea de mata, prxima ao aeroporto de Sinop.
O suspeito foi atingido e chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional do municpio, mas no resistiu aos ferimentos.