O registro de ipês no Pantanal do fotógrafo mato-grossense José Medeiros, conhecido por seus prêmios e documentários, tem chamado a atenção nas redes sociais. Isso porque as fotos foram feitas no período de seca do bioma, que sofre com o baixo volume de chuvas desde o começo do ano.
Em publicação nas redes sociais, Medeiros mostra que, apesar dos incêndios que se alastram pela região, os ipês estão florescendo no Pantanal mato-grossense. “Apesar das ameaças, ele ainda pulsa!”, escreveu o fotógrafo.
Conforme um comentário do fotógrafo, as fotos do ipês foram feitas na Transpantaneira, em Poconé (a 104 km de Cuiabá).
O vídeo faz parte de um dos projetos do fotógrafo, o “Pantanal +10”, que acompanha a situação dos pantaneiros, o impacto ambiental e os reflexos das mudanças climáticas.
Segundo o site do projeto, José Medeiros se propôs a registrar as mudanças do bioma durante 10 anos, entre 2020 e 2030.
Ao Leiagora, Medeiros contou que esperou a florada para poder fotografar.
“Eu estava esperando a florada, ela acontece essa época do ano, essa região que eu estou fotografando é a região de Poconé, na Transpantaneira, só que eu entro no meio das fazendas onde tem um complexo maior de piúvas, esses ipês-roxos. Então, tá bem bonito”, declarou o fotógrafo.
Apesar da bela paisagem fotografada por Medeiros, é importante reforçar que previsões indicam que a seca no Pantanal, em 2024, pode ser a mais grave da história. Desde 2019, a região enfrenta os intervalos de estiagem mais severos dos últimos 40 anos.
Neste ano, a seca chegou mais cedo. Normalmente, acontece entre maio e setembro, com a estação chuvosa de outubro a abril. Nos primeiros quatro meses do ano, contudo, quando deveriam ocorrer as cheias, a média de área coberta por água foi de 400 mil hectares. O número é menor do que o registrado no período de seca do ano ado, que cobriu 440 mil hectares, conforme a WWF-Brasil.
Ipê-roxo
A piúva, mais conhecida como ipê-roxo, é uma das árvores símbolos do Pantanal. A árvore é uma das mais altas do bioma e pode chegar até 20 metros de altura. A espécie é muito conhecida por sua beleza e pelo destaque de sua floração vibrante durante o período de seca, entre agosto e setembro.
Os ipês-roxos são geralmente os primeiros a florir, seguidos do amarelo e do branco.
A árvore desempenha um papel crucial, abrigando aves, insetos e pequenos mamíferos. Suas flores atraem diversos polinizadores e herbívoros e quando caem ainda enriquecem o solo, mantendo a fertilidade da região.
Com informações da Agência Brasil
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