Em mais uma etapa do afastamento pblico entre o presidente da Cmara de Cuiab, Chico 2000 (PL), e o prefeito de Cuiab, Emanuel Pinheiro (MDB), o vereador defendeu a Operao Miasma, deflagrada pela Polcia Federal nesta tera-feira (28). Segundo ele, a ao policial s existe porque h indcios de crime e o resultado final das investigae deveria ser a priso dos responsveis.
“Quanto operao, se est existindo porque h indcios, e se h indcios, precisa apurar, investigar e prender quem estiver errado”, resumiu Chico 2000, em coletiva de imprensa nesta tera-feira, na Cmara de Vereadores, aps se inteirar sobre a operao.
Chico 2000 e Emanuel Pinheiro eram aliados polticos. O vereador teve apoio macio da base governista para ser eleito chefe do Legislativo Municipal e o parlamentar at mesmo se indisps com o deputado federal Abilio Brunini (PL), pr-candidato a prefeito de Cuiab e opositor do atual gestor, tendo se colocado como rival interno na sigla.
Contudo, Chico foi gradualmente se afastando do prefeito. Ao fim de 2023, ele j tinha se retirado da disputa interna no PL contra Abilio e pouco a pouco demonstrou mais apoio candidatura do deputado federal.
O estopim para o distanciamento foi Emanuel Pinheiro acusar Chico, publicamente, de ser o causador do atraso do pagamento das emendas parlamentares dos vereadores de Cuiab.
Operao Miasma
A operao Miasma foi realizada aps duas investigaes identificarem um esquema na compra de software no valor de R$ 14 milhes, e na locao de van e ambulncia, pertencentes ao pai de um dos servidores pblicos responsveis pela fiscalizao contratual.
As investigaes da Polcia Federal apontaram que os esquemas de fraudes e peculato em detrimento da Secretaria Municipal de Sade de Cuiab ocorreram entre os anos de 2021 e 2023.
Em nota, a prefeitura alegou que s teve cincia dos processos pela imprensa, e que somente aps obter as devidas informaes sobre os contratos que esto sendo alvo de apurao, ir se posicionar de forma mais efetiva.