A vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou, em coletiva de imprensa concedida na tarde desta segunda-feira (21), que tem sido perseguida pela Comisso de tica da Cmara de Vereadores e confirma continuar a utilizar a verba indenizatria da chefe de gabinete da mesma forma que causou a abertura do processo tico disciplinar.
“Ns continuamos fazendo a gesto do mesmo jeito porque no h irregularidade nisso. E eu gostaria que vocs, ao publicarem isso, olhassem o regimento, a lei que estabelece a verba indenizatria. Chega de desinformao [...] Do mesmo modo que os outros vereadores podem fazer do jeito que eles fazem, eu posso fazer do meu jeito”, disse a vereadora.
De acordo com ela, a Comisso de tica s autorizou o o aos autos do processo tico disciplinar no dia 13 de julho, o que fruto de uma perseguio e uma ao orquestrada para causar assassinato da reputao poltica.
“Querem que eu saia e no querem que eu saia de qualquer jeito. Querem que eu saia criminalizada”, disse Edna. " lamentvel o que aconteceu aqui. Sou uma mulher negra e no fcil para uma pessoa negra chegar aqui", completou.
Na sexta-feira (18), o juiz da 3 Vara Especializada de Fazenda Pblica de Cuiab Agamenon Alcntara Moreno Jnior acolheu o pedido da defesa de Edna e suspendeu liminarmente o processo istrativo contra a vereadora.
Na deciso, o magistrado entendeu que a Comisso de tica descumpriu o Regimento Interno da prpria Casa de Leis e “atropelou” o andamento do processo alm de cercear a defesa da petista ao negar a oitiva de testemunhas arroladas por ela no momento de apresentao da defesa.
De acordo com o magistrado, a comisso ofendeu o mandamento da Resoluo n 008/2016 da Cmara que determina que as reunies da Comisso de tica sero obrigatoriamente secretas quando estiverem deliberando sobre perda de mandato. Durante quatro dias, a Comisso de tica transmitiu pelo Youtube da Casa as oitivas da ex-chefe de gabinete Laura Natasha, da atual chefe de gabinete de Edna, do marido da vereadora William Sampaio e da prpria Edna.