Em meio a uma sesso de nimos exaltados, a vereadora Edna Sampaio (PT) acabou no tendo o direito de usar a tribuna para se defender e, aos gritos, fez acusaes contra parlamentares. Em seguida, mais uma vezalegou imprensa ser vtima de violncia na Cmara de Cuiab, jogando a responsabilidade da demisso de sua ex-chefe de gabinete para a Presidncia da Casa.
“Eu s posso entender que depois de ontem as pessoas ficaram totalmente desnorteadas, porque eu no falei absolutamente nada do presidente Chico, eu disse que j tiveram outros casos de acusaes de rachadinha e todo mundo sabe que verdade isso aqui. Em nenhum momento toquei no nome do presidente, se algum publicou que responsabilidade do presidente a demisso da Laura, no saiu da minha boca”, rebateu a parlamentar.
O que ocorreu que na oitiva dessa quarta na Comisso de tica a parlamentar citou outros casos de rachadinha na Casa, apontando para o presidente da Casa, Chico 2000 (PL) e do ex-vereador Felipe Wellaton (Republicanos). No entanto, ela gritou no plenrio na sesso desta quinta que se referia ao presidente da Comisso de tica, Rodrigo Arruda e S, que tambm ficou na bronca com a petista.
Edna fez questo de reforar que indicou, sim, a exonerao da ex-chefe de gabinete grvida, Laura Abreu, mas que se o ato fosse ilegal caberia prpria Casa ou ao prprio Chico no autorizar. “ sobre isso que eu falei, papel institucional da Cmara e da Presidncia zelar pelo que legal. Eu estou assustada com a escala de violncia contra mim na Cmara, um absurdo. A Cmara e a sociedade precisam entender que a minha presena aqui no ameaa ningum. No agride ningum, se sentem agredidos no porque a vereadora est fazendo nenhuma acusao, mas porque esto se sentindo ofendidos com o que eu falo”, defendeu-se.
A petista chegou a revelar que a prpria Laura encaminhou um documento, sem o conhecimento e autorizao dela, informando Casa que estava grvida, mas reforou que cargo de livre nomeao e o vereador pode colocar pessoas que so da confiana dele, e pode exoner-las a qualquer momento. E grvida, cabe a estabilidade que, segundo Edna, est atrelada indenizao paga ex-chefe de gabinete.
“Qual a situao da grvida? que ela tem estabilidade, ento o que tem que ser feito pagar a indenizao, a indenizao a estabilidade da mulher, a garantia de que ela vai ter a criana e vai ser respeitada em seus direitos. E isso a Laura recebeu, e recebe como? Foi a vereadora Edna que pagou? No, foi a Cmara, no recurso da vereadora Edna. Ento eu no entendi a violncia com a qual fui recebida pelo presidente desta cmara e eu estou chocada, no citei o nome dele, falei de casos pblicos”, afirmou.
A vereadora destacou ainda que tem a prerrogativa de usar a tribuna e esse direito foi negado, mas diz que no tem medo e seguir lutando por respeito. “Ele negou minha defesa, usar a tribuna uma prerrogativa que todos tm e eu no tenho. A minha moral, quem julga se fui ofendida ou no, no sou eu. E eu fico perplexa com o nvel de violncia que esses homens esto infringindo a mim e, pior, com o aval e construo ativa das mulheres deste Parlamento”, declarou, apontando para Michelly Alencar (Unio) e Maysa Leo (Republicanos) que tm participado ativamente na Comisso de tica com duros questionamentos e crticas petista.
Edna diz ainda que no tem medo do que lhe pode acontecer e garante estar com a verdade ao seu lado. “Se a Cmara no gosta de mim, alguns homens, porque acham que eu ofendo a sensibilidade deles, isso no motivo para cassao, e a braveza de homem no me assusta, no ito essa falta de respeito, eu no sou subvereadora e tenho as mesmas prerrogativas, no quero nem mais e nem menos. E assim que tenho que ser tratada”, finalizou.