Uma mulher que trabalhava como motorista de aplicativo foi vtima de um roubo praticado por uma falsa cliente e dois adolescentes que ajudaram no crime.
Ela foi levada de Sinop para Itaba pelo trio, onde foi deixada em uma estrada de cho na zona rural, com as mos amarradas com parte do cinto de segurana do veculo que foi cortada.
Apontada como mentora do crime, a suposta cliente teve a condenao fixada em 7 anos, 2 meses e 20 dias de priso, e pagamento de 14 dias-multa.
O caso foi julgado pelo Tribunal de Justia de Mato Grosso (TJMT), por meio da 1 Cmara Criminal, na sesso do dia 2 de agosto. O voto do desembargador Orlando Perri foi acolhido por unanimidade pelos desembargadores Marcos Machado e Paulo da Cunha.
De acordo com a vtima, ela aceitou uma corrida por meio do aplicativo que iria de um bairro a outro dentro do municpio de Sinop.
Chegando no local, 3 ageiros embarcaram, sendo uma mulher adulta e dois adolescentes.
Ao chegar no endereo final, a mulher e um dos menores simularam uma discusso ela comeou a chorar e pediu para a motorista a levar para a casa de sua me, em outro bairro.
Nesse momento, a motorista concordou, mas pediu para que encerrasse a corrida e iniciasse uma nova, conforme as normas do aplicativo que utilizava para trabalhar.
Se aproximando do endereo onde deixaria o trio, foi anunciado o assalto. Ela foi rendida pelos bandidos.
A mulher que fazia parte do trio de assaltantes apelou ao TJMT alegando que foi contratada por desconhecidos para “prestar um servio”, que consistiria em “pegar um carro e o levar ao municpio de Castelo dos Sonhos, no Par”.
Relatou que os “contratantes” entraram no aplicativo e buscaram um veculo que os interessavam. Acrescentou que, aps escolherem o automvel, requisitou os servios de transporte da vtima.
Por fim, revelou que buscaram um dos adolescentes e que, durante o trajeto para o destino estabelecido no aplicativo, fizeram “a cena” simulando uma briga.
No entanto, de acordo com o histrico de chamadas registrados no aplicativo, ficou confirmado que foi a mulher quem solicitou os servios de transporte.
A vtima ainda contou que ao chegarem em Itaba, foi deixada em uma estrada na zona rural. Durante o trajeto, os adolescentes comentavam, em todo momento, que o comando “era para matar”, mas era a mulher quem coordenava toda a ao e, inclusive, dava as ordens aos menores, que as obedeciam sem titubear.