O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Reublicanos) diz que no esperava sofrer um julgamento poltico na Cmara de Cuiab, mas garante estar preparado para responder qualquer tipo de processo que seja proposto no mbito do Legislativo.As declaraes fazem referncia ao pedido de afastamento protocolado pela colega de Parlamento, vereadora Edna Sampaio (PT), nessa segunda-feira (4).
A petista ingressou com uma representao junto Comisso de tica alegando que Paccola oferece risco para os prprios parlamentares.“Eu sempre fui muito respeitoso aqui dentro da Casa e eu esperava que no fosse utilizada essa situao, essa tragdia, para questo de cunho poltico, mas ela tem liberdade, o mandato dela”, comentou o vereador.
O parlamentar afirma que agiu de forma tcnica, tendo em vista que policial da reserva. “Ela j fez outros pedidos de afastamento. Essa no uma questo de direita ou esquerda, de Lula ou Boslonaro, ou qualquer coisa do gnero. Foi uma situao que no atuei como vereador, atuei como policial, mas respeito o pedido dela e a Comisso de tica vai fazer a avalio”, completou, garantindo que est pronto para responder a qualquer representao.
“Eu no tenho preocupao com relao a isso e estou pronto para responder tanto judicialmente quanto aqui, internamente”.
O crime
O agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, tambm conhecido como Japo, foi morto a tiros pelo vereador Paccola. O crime ocorreu no Bairro Quilombo, em Cuiab, no incio da noite da sexta (1).
O vereador alega que Alexandre estava armado e ameaando a companheira na rua em frente a populares. J a mulher que acompanhava o agente afirma que o Paccola atirou sem qualquer motivo aparente.
O parlamentar foi ouvido e liberado pela polcia civil poucas horas depois do crime. Na manh dessa segunda, ele aproveitou a reunio do Colgio de Lderes para explicar a verso dele aos demais vereadores.
Tambm nessa segunda, a vereadora Edna Sampaio (PT) protocolou pedido de afastamento do vereador enquanto durar as investigaes, por quebra de decoro parlamentar. Ela tambm anunciou que deve apresentar novo pedido de cassao do mandato de Paccola.
Verso de Paccola
Em nota, o vereador disse“no ter restado outra opo” alm de atirar na vtima. Paccola afirma que viu Alexandre com a arma em punho e que mesmo sendo ordenado a parar por vrias vezes, o agente teria tentado virar em sua direo.
O parlamentar argumenta que estaria a caminho de um compromisso, junto de seu assessor, e se deslocava da avenida Presidente Artur Bernardes para a avenida Senador Filinto Muller, quando se deparou com a aglomerao. Diante disso, ele, ao observar a ausncia de policiamento no local, decidiu averiguar a situao, porm no teria observado nada alm de um “desentendimento” e j havia decidido retornar ao seu veculo.
Porm, Paccola afirma que ouviu algum na multido gritar “ele est armado”, e outra pessoa dizer “ele vai matar ela”, momento que andou at a esquina da convenincia e viu Alexandre com a arma em mos, andando atrs de uma mulher.
“Diante da cena de clara ameaa, se viu ento obrigado a sacar a arma e verbalizou algumas vezes com o cidado: “polcia, larga a arma”! Infelizmente, ao invs de atender a ordem, o cidado fez meno de virar com a arma em punho em direo ao vereador tenente-coronel Paccola, no restando outra opo, seno o de utilizar os meios necessrios e proporcionais para o exerccio da legtima defesa prpria e de terceiros, com intuito de neutralizar a injusta agresso visualizada, efetuou os disparos que atingiram o agente socioeducativo Alexandre”, relatou trecho da nota.
Contudo, nas imagens, Paccola dispara enquanto Miyagawa estava de costas e se movia em direo a namorada, sem apontar a arma para a mulher ou fazer meno de girar o corpo no momento dos tiros. Isso vai contra o depoimento do vereador imprensa, dado na manh desta segunda-feira (4).
“Trabalho vai ser realizado com a mxima iseno possvel, procurando a elucidao dos fatos e para isso, evidentemente, a Comisso de tica, junto com a presidncia, estar tambm requisitando as imagens do que aconteceu”, disse opresidente da Comisso, vereador Lilo Pinheiro (PDT).
Na ocasio, deve ser protocolizado um ofcio solicitando uma apurao por parte do Legislativo municipal. Para este mesmo horrio, est marcado o incioda sesso ordinria da Cmara.
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