Cuiab, sexta-feira, 23/05/2025
02:31:27
Dlar: 5,72
Euro: 6,46
informe o texto

Notcias / Entrevista da Semana 614x1d

13/03/2022 s 08:00 2x2c16

Turismo em MT no caro, falta de planejamento 2i1v2f

Secretrio-adjunto de Turismo diz que mato-grossense planeja viajar fora do Estado, mas no faz isso para conhecer o prprio Estado 2y4r4i

Dbora Siqueira

Turismo em MT n

Foto: Reproduo

Fazer turismo em Mato Grosso no caro. Falta planejamento e a mudana de pensamento de que porque est prximo possvel viajar no fim de semana seguinte. Turismo mesmo dentro de Mato Grosso requer programao e de ltima hora qualquer viagem fica cara. Pelo menos esta a percepo do secretrio adjunto de Turismo, Jefferson Preza Moreno.

Em 2019, a Secretaria Adjunta havia planejado um programa para incentivar o turismo interno em Mato Grosso para ser lanado em 2020, mas com o advento da pandemia, os planos tiveram que ser adiados.

Nesta entrevista para o Leiagora, ele explica sobre a retomada do setor, os investimentos e os planos para incentivar o Turismo no Estado. Confira:


Leiagora – Como est sendo esse turismo ps-pandemia aqui em Mato Grosso? O turismo interno cresceu como no restante do pas?

Jefferson –
Vamos voltar um pouco antes da sua pergunta. Eu sou cuiabano, sou apaixonado pelo nosso estado e tive oportunidade de fazer faculdade em So Paulo. Eu falo que ali comeou minha vida com o turismo. Eu trouxe muitos amigos, colegas de faculdade, de cursinho para conhecer o Pantanal e Chapada dos Guimares. Muitos voltaram j depois de casados e com filhos. Meu maior desafio quando eu entrei aqui no governo era fazer uma campanha para que ns mato-grossenses, pudssemos conhecer nosso estado. A gente consegue se programar para ir ao Rio de Janeiro, Nordeste e para Europa, mas no consegue programar para ir para Chapada dos Guimares e Pantanal. E porque no consegue fazer isso no nosso estado? cultural, a pessoa fica livre no fim de semana e quer ir ao Pantanal, a chega l e est com 80% de ocupao e qual o poder de barganha que voc vai ter? negcio n, se eu estou com uma taxa de desocupao alta, dou um desconto. Eu conversei com os empresrios sobre os motivos que os mato-grossenses no viajam no estado e eu estava montando uma campanha, uma estratgia fomentar o turismo regional, isso em 2019. Eu fiz vrias reunies e era ano de atualizao do Mapa do Turismo, a ns comeamos a construir um esboo de um projeto para o mato-grossense viajar dentro do estado com tarifas diferenciadas.

Leiagora – Mas quase uma mxima dos mato-grossenses acharem mais caro pegar um avio com agem area promocional e ir ao Rio de Janeiro do que ao Pantanal. Por que o preo para conhecer o Pantanal to alto?

Jefferson –
Eu discordo que caro. uma coisa muito mais cultural nossa, que a gente comeou aqui falando. A hora que eu falo que eu vou fazer uma viagem em me programo para julho, as frias de fim de ano, mas ns no conseguimos o hbito de programar uma viagem aqui dentro. Ento a hora que eu falo assim: Eu vou, eu quero ir para o Pantanal, eu quero ir para a Amaznia, quero ir para o Araguaia, eu quero esse final de semana, eu quero ir no prximo feriado. Muitas vezes os hotis j esto a com 70%, 80% 90% da taxa de lotao e eles no conseguem dar desconto. Agora ns vamos programar para o ms de julho para o Pantanal, ento eu tenho a quatro, cinco meses para eu procurar, para eu negociar com os hotis. Eu no tenho s os hotis de ponta no Pantanal, eu tenho vrias pousadas dentro do Pantanal com custo-benefcio bom, o problema que elas no esto em locais muito visveis. Quero trazer as agncias de Sinop, do Araguaia, para conversar mais para falar um pouco do produto que eles tm l, mas tambm fazia negcio.

Leiagora – Mas e a como ficou esses planos com a pandemia? O projeto iria comear em 2020.

Jefferson –
Em 2020 estourou a pandemia, n? O programa ia pegar as temporadas de pesca de fevereiro a outubro. De outubro a fevereiro o perodo da piracema e geralmente comea reduzir o fluxo dos turistas nesses locais. Ento a gente vai comear a construir umas tarifas diferenciadas fora do perodo de pesca. A gente estava desenhando j isso aqui com os empresrios, tem que soltar uma grande campanha sobre o turismo interno, mas estourou a pandemia e no foi para frente e a a gente teve que comear a se reprogramar tudo e a secretaria no parou.

Leiagora – J que teve esse grande projeto, ele parou por causa da pandemia. As pessoas no estavam viajando, como que o senhor trabalhou o turismo no perodo da pandemia?

Jefferson -
Eu tive uma muita conversa com o setor de bares e restaurantes, associao dos hotis, os guias de turismo e as agncias de viagem e mais de 80%, quase 90% do que as agncias comercializavam era de de fora do estado. Eles no tinham a um ambiente de negcio dentro do estado, ento a partir da, eu comecei a desenhar rodadas, eu coloquei esses empresrios pra conversarem, pra dar negcio pra eles. Fiz uma parceria com o Sebrae e fomos pioneiros no Brasil em usar essa plataforma para colocar os empresrios para conversarem e fazerem negcio. Os operadores de agncias de viagens conversaram com os empresrios e a gente fez oito rodadas de negcio. Quando comeou a se abrir o turismo de novo, comeou a diminuir os decretos municipais, esse pessoal de grande centro iria querer vir para c tambm em turismo mais . Ns no temos um turismo de massa em Mato Grosso. Eu tenho 2 mil leitos no Pantanal, 800 leitos em Chapada, uma praia do Nordeste tem 15 mil leitos.

Leiagora – E com o relaxamento dos decretos como est este projeto de turismo regional?

Jefferson –
Retomo ele agora, eu certo no perodo da pandemia e todo mundo viu que precisa de turismo regional muito forte. Estou finalizando o Mapa do Turismo e vou voltar a viajar de quatro cantos do estado conversando de novo com os empresrios para gente no perder isso que aconteceu. Acho que a pandemia trouxe a todos os estados a importncia do turismo regional.

Leiagora – A gente v muito vender Mato Grosso para fora e agora hora de vender Mato Grosso para dentro?

Jefferson –
A gente tem pblico aqui. Ns temos as pousadas, hotis, barco hoteis para todos os gostos, todos os pblicos, todos os bolsos. Ns fizemos uma parceria com Minas Gerais, uma plataforma que chama plataforma integrada do turismo descubramatogrosso.com.br e dou link para cada municpio, para eles colocarem tudo que tem na cidade, um mini inventrio do turismo. Infelizmente algumas prefeituras no avanaram nisso, mas hoje eu j tenho 30 cidades que fizeram servio de casa esto bem avanadas dentro da plataforma. Sei que o Sebrae est precisando de um trabalho com 17 de uma interao de turismo tambm que eu vou ter a ele aqui uns dias quase 50 dentro do Descubra Mato Grosso.

Leiagora – Como esto as feiras de turismo para que se possa vender Mato Grosso?

Jefferson –
As feiras nacionais e as internacionais quase todas foram canceladas e esse ano voltou agora em maro. A primeira vai ser em Portugal no final do ms de maro e agora a gente ento volta um novo um novo formato desses eventos. Neste ano vai ser maiores, todas com rodadas de negcio. Eu quis botar os empresrios tambm na nessa linha de dilogo com o pblico, eu trabalhar paralelo a isso no fortalecimento do turismo regional. Conto com as agncias de viagem para conversar com os donos atrativos, donos de hotis aqui dentro do estado nos quatro polos: Araguaia, Pantanal, Cerrado e Amaznia.

Leiagora – Secretrio, por que aqui em Mato Grosso no tem h preos diferenciados ao morador da cidade. Por exemplo, no Rio de Janeiro, que morador da cidade paga mais barato para ir no bondinho, no Cristo Redentor, do que um turista que no dali. Por que no se investe em valores diferenciados para o turista local?

Jefferson –
Onde sei que existe isso em Nobres. Morador de Nobres tem uma tarifa diferenciada dos atrativos tursticos. Ento uma ali entrou na lei do turismo do sistema do turismo municipal eles conseguiram implantar isso e o trade foi muito participativo. Eles tm uma cota por semana e outro no fim de semana. Essa comparao do Rio de Janeiro eu falo tambm muito sobre isso a porque tem muitos amigos cariocas tambm e eu sei que essa prtica l. Uma gua para o turista custa R$ 9 e uma gua para o morador custa R$ 3 no quiosque. uma prtica que a estruturao dos municpios, que fortalece poltica do turismo municipal.

Leiagora – Qual o maior gargalo do turismo de Mato Grosso?

Jefferson –
Temos um bom dilogo com a Secretaria de Infraestrutura, a gente fala bastante sobre a infraestrutura de alguns pontos tursticos. Eu no posso entrar com investimentos numa rea privada. O governador Mauro Mendes ele tem uma viso do turismo muito clara que eu no posso ter s o atrativo ali, precisa do algo a mais. H vrios fatores para que a gente possa melhorar cada vez mais o turismo e atrair novos investidores. Vou dar um exemplo. Em Baro de Melgao, ns comeamos a soltar na mdia algumas matrias falando das obras na orla de Baro de Melgao, Santo Antnio de Leverger, So Felix do Araguaia. J recebi alguns empresrios que querem abrir negcio nessas regies, pousadas de pesca esportiva ou pousadas para observao de pssaro. A gente j comeou a receber porque agora ns vamos ter mais infraestrutura e a a gente comea a ver os empresrios se movimentando tambm em busca de negcio.

Leiagora – Em 2013, durante o governo do Silval em 2013, comeou a pavimentao da estrada verde ligando Cuiab a Rondonpolis ando pelo Pantanal com recursos do Prodestur. Como est este projeto?

Jefferson –
Na poca foi captado recurso via Prodestur e eles mudaram muito o que iria fazer com o recurso, a estrada saiu pela Sinfra e falta 6 km a 12 km para finalizar a rodovia. Vai ser uma Rodovia Verde, ando pelo Pantanal e desviando da serra de So Vicente, uma regio bonita j ei de carro algumas vezes nela. Vai ser proibido as carretas trafegarem, ter outro o para ligar a Serra de So Vicente a Porto de Fora, em Baro de Melgao.

Leiagora – A rodovia pode fomentar outros produtos tursticos?

Jefferson –
Alm das orlas de Santo Antonio de Leverger e Baro de Melgao ser criado um per no rio Mutum para ordenar o turismo ali, a gente v que ali parece a Salgadeira antes da reforma, depredando o meio ambiente e ns estamos fazendo um projeto muito especial ali para aquela regio de Mimoso tambm. A gente v ali um turismo muito forte, final de semana vai muita gente tomar banho. A gente quer montar ali uma infraestrutura mesmo para receber os turistas.

Leiagora – O principal produto turstico de Mato Grosso o Pantanal?

Jefferson –
Ns temos uma diversidade aqui no Estado. O Pantanal continua sendo um dos carros chefes, mas temos a Chapada dos Guimares, recebe muito pedido de informao. Temos o etnoturismo muito forte ali na regio de Campo Novo do Parecis, regio do Xingu, no Araguaia. So produtos consolidados, com empresas que vendem produtos na regio do Araguaia e fora do Estado. A gente tem um evento que fazem l que mundialmente conhecido que o Kuarup, no Parque Indgena do Xingu. Durante o ano, tem as visitas nas aldeias indgenas. Temos os festivais de pesca esportiva, que a eu posso falar de vrias cidades no Pantanal, Araguaia, forte com a preservao do pirarara. Temos um turismo muito plural em Mato Grosso.

Leiagora – Que ns temos que descobrir ainda n?

Jefferson –
A gente est vendo um movimento muito grande de empresas, agncias de viagens levando muitos jovens para algumas cidades fazendo visitas em pontos tursticos, em Campo Novo do Parecis, Barra do Garas, Tesouro, Nova Xavantina, descobriram muitas cachoeiras dessas regies e esto explorando isso comercialmente dentro do estado. H um movimento de gente dentro do estado indo ar final de semana a com essas agncias que esto ficando muito especfica nessas trilhas.

Leiagora – O ideal quando eu quiser fazer turismo no estado, primeiro devo planejar e depois procurar uma agncia que possa me vender um pacote especfico dentro do Estado?

Jefferson –
Exatamente, a gente tem a algumas agncias como a Aventura MT, Explore Mato Grosso, Viaje Comigo que to fazendo um trabalho brilhante, focado dentro do Estado para levar grupos para viajar dentro do estado. Eu sempre falo, procure uma agncia sria com guias cadastrados srios para que no acontea o mesmo que ocorreu em outro dia em Vila Bela. O pessoal foi para l sem nenhuma instruo de guias, sem um condutor local e a veio uma tromba d'gua, e o pessoal ficou isolado. Quem ajudou tambm na operao de resgate foram condutores de Vila Bela. Ento na hora que voc for fazer uma viagem, em qualquer lugar no Brasil, procure sempre uma agncia sria, e faa um eio direcionado com um profissional da rea. Ele vai te levar em segurana, voc vai viver o que a natureza tem de melhor e s curtir.
Cliqueaqui,entre na comunidade de WhatsApp doLeiagorae receba notcias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notcias em primeira mo.


2 comentrios 6b5j1m

AVISO: Os comentrios so de responsabilidade de seus autores e no representam a opinio do site. vetada a insero de comentrios que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poder retirar, sem prvia notificao, comentrios postados que no respeitem os critrios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matria comentada.

  • Kaka cuiabano 13/03/2022 s 00:00

    Esse secretario numca fez turismo MT. Fala dele est fora da realidade. E bom ele irir na agem da Conceio VG. Ver quanto custa puco assado, uma galingada com arroz. Por menos 300 reais. Vc nem senta na mesa. E bom o sr fazer tur em mt. A pesar que secretario deve ganhar muitas coisa.

  • Eder Beckmann 13/03/2022 s 00:00

    Quem vai viajar no prprio estado se a infraestrutura pssima.... E os lugares veis uma diria absurdo...... Um final de semana na guas quentes.... Voc gasta o valor de 7 dias na praia em santa Catarina..... A voc vai pra praia ou p guas quentes????? melhor economizar p pagar a agem e ir pra praia

Sitevip Internet