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07/08/2021 s 10:36 8p5u

Projeto quer barrar seis PCHs em toda extenso do Rio Cuiab 67531m

Empreendimentos vo causar desequilbrio na migrao dos peixes, afetando 7,6 mil pescadores, alm da fauna 1k3e67

Leiagora

Projeto quer barrar seis PCHs em toda extens

Foto: Reproduo

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) protocolou na quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa, projeto de lei(PL 671/2021)que probe a construo de Usinas Hidreltricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidreltricas (PCHs) em toda a extenso do Rio Cuiab.

As seis PCHs projetadas para instalao no Rio Cuiab so da Maturati Participaes e receberam os nomes de Guapira II, Iratamb I, Iratamb II, Angatu I, Angatu II, e Perud.

O parlamentar argumenta que estes empreendimentos, se instalados no Rio Cuiab, traro consequncias negativas e geraro desequilbrio ambiental, interferindo negativamente nos nveis d’gua do rio, estoques peixeiros e at mesmo no fornecimento de guas dos municpios que so dependentes destes cursos d’gua para abastecimento da populao.

“Precisamos levar em conta que a construo desses empreendimentos transforma de forma definitiva os cursos d’agua, dificultando, e em certos casos como a Usina de Manso, impedindo a migrao de espcies de peixes que necessitam de longos trechos de rios para desovarem. sabido que a gua um bem finito, essencial para a existncia humana e por ser um bem de tamanha importncia deve ser conservado e protegido”, afirma.

Inicialmente, o projeto ser analisado pela Comisso de Meio Ambiente, Hdricos e Recursos Minerais.Em seguida,submetido Comisso de Constituio, Justia e Redao para averiguao da constitucionalidade.

A partir da, encaminhado para aprovao ou rejeio do Plenrio, que composto por 24 deputados estaduais.

Agresso ambiental

Em audincia pblica da realizada pela Assembleia Legislativa no dia 2 de julho deste ano, foi discutida a construo de PCHs no Rio Cuiab. Naquela ocasio, o pesquisador da Embrapa que realizou estudos na bacia do Rio Paraguai a pedido da Agncia Nacional de guas (ANA), Agostinho Catella, explicou que 90% dos peixes pescados na bacia so de piracema, ou seja, peixes migratrios que sobem os rios para se reproduzir (sendo o Rio Cuiab um dos principais para reproduo dos peixes), e so muito afetados pelas PCHs.

“O que acontece quando temos uma represa? Se antes tnhamos um rio correndo livremente, agora temos uma barreira. O peixe no chega l em cima. E o ambiente l em cima transformado num lago muda completamente a ecologia que existia antes para o retorno dos peixes, ovos e larvas”, disse.

Catella apresentou dados que mostram que o Rio Cuiab o mais importante para a economia pesqueira no Pantanal. Dos 7.667 pescadores profissionais artesanais do Pantanal, 4.142 esto na sub-bacia do Rio Cuiab e 3.704 pescadores esto no Rio Cuiab.

Todos eles praticam a pesca de subsistncia para manter suas famlias, de modo que cerca de 13 mil pessoas vivem da pesca e conseguem renda total de R$ 26,1 milhes por ano somente no Rio Cuiab.

Na bacia que alimenta o Pantanal, os mais de sete mil pescadores faturam R$ 69,8 milhes por ano. Alm desse valor que conseguido pelos pescadores na venda do peixe, h toda uma cadeia de insumos e de revenda do pescado que movimenta a economia regional.

Fernando Tortato, pesquisador do Instituto Panthera, que estuda e protege grandes felinos, explicou os impactos das barragens em toda a biodiversidade pantaneira. “O Pantanal muito dependente dos ciclos hidrolgicos.Com mais de 130 hidreltricas previstas na bacia, h o risco de impactos sinergticos, ou seja, o acmulo de projetos e intervenes podero comprometer o pulso de inundao, a ciclagem dos nutrientes dentro do Pantanal, o processo migratrio de peixes. Isso reduz a quantidade de aves aquticas, rpteis aquticos e onas pintadas. Os peixes so muito importantes na dieta da ona pintada. Mesmo o predador de topo depende da biodiversidade do Pantanal”, afirmou.

O promotor de Justia, Marcelo Vacchiano, disse que com as barragens, a gua a a ter uso somente para produo de energia. “Esses empreendimentos causam srios prejuzos segurana alimentar dos moradores e ao ecossistema. importante refletirmos: o que Mato Grosso ganha? Quem est lucrando com isso? Temos que ponderar os riscos do potencial uso do ecoturismo, a segurana alimentar dos pescadores, da cadeia produtiva, servios ecossistmicos, conectividade entre plancie e planalto e alterao do regime hidrolgico”.
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