Vereadora da oposio em Cuiab, Michelly Alencar (DEM) no considera que o grupo de parlamentares contrrios gesto do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) est enfraquecido na nova legislatura da Cmara, iniciada em janeiro deste ano. Na viso da parlamentar, os colegas ainda caminham de forma individual mas tm conseguido apresentar uma boa atuao.
Em entrevista ao Leiagora, a vereadora comentou sobre as Is abertas pela base do prefeito em tentativas de burlar as investigaes da oposio, avaliou a debandada dos opositores que, logo no primeiro ms de mandato, migraram para o lado de Emanuel, e comentou sobre a possibilidade do gestor sair como candidato ao governo do Estado.
Na viso de Michelly, Emanuel quer pentelhar o governador Mauro Mendes (DEM), com quem troca alfinetadas pblicas e que deve sair candidato reeleio. Para a vereadora, h uma probabilidade de que o prefeito recue nessa inteno.
Abaixo, confira a entrevista completa com Michelly Alencar:
Leiagora- Uma das bandeiras da senhora na Cmara a do combate violncia contra a mulher. Como a senhora acredita que consegue contribuir nesse cenrio enquanto vereadora?
Michelly Alencar - A forma que a gente pode contribuir primeiro trazendo tona uma discusso com um conhecimento de causa, porque nada melhor do que a mulher para compreender assuntos que dizem respeito mulher. Ento, trazer a discusso do massivo combate violncia contra a mulher, da gente poder viabilizar aes para conscientizar da importncia da denncia.
Na inaugurao da Delegacia da Mulher, desse novo prdio, conversando com a delegada, e eu j venho acompanhando a questo dos nmeros de casos, de denncias, de feminicdios, so nmeros alarmantes. Mas, uma que eu acho que a premissa desse combate a conscientizao da denncia. Porque, por exemplo, dos nmeros que ns temos, de medidas protetivas expedidas, nenhuma dessas medidas resultou em feminicdio. Todos os feminicdios que aconteceram foi porque no houve antes um acompanhamento da polcia.Ento, pra voc ver a importncia da mulher conseguir denunciar.
Mas, obviamente, ela no denuncia porque ela no tem uma rede de proteo. Essa rede de proteo dela saber que ela no vai ficar na rua, desassistida quando ela tiver que denunciar o marido e no no puder voltar pra casa, isso de extrema relevncia, isso a gente pode ajudar no papel poltico, fazendo essa ponte para que essa rede de proteo realmente exista, para que a assistncia social, a secretaria que agora a gente tem voltada para mulher, junto com o trabalho da polcia, junto com o trabalho desenvolvido aqui na Cmara, pensando polticas pblicas, projetos de lei que viabilizem esse servio, tudo isso faz parte de cada elo dessa rede de proteo para mulher.
Leiagora- Ns tivemos, at sexta-feira, trs mulheres na Cmara. A senhora reconheceu um aumento no debate de projetos para esse pblico, vereadora?
Michelly Alencar - Ah, eu acredito que sim. Hoje, graas a Deus, eu vejo o papel da mulher aqui na Cmara como um papel de destaque, porque, pelo menos nesses dois ltimos meses quando ns tivemos trs mulheres, vindo de uma legislatura que no tinha nenhuma mulher antes, a gente percebe que o debate voltado para o assunto do papel da mulher, inclusive dentro do poder poltico, da representao poltica, do papel da mulher para a construo. Por exemplo, disso que eu acabei de falar, dos elo que formam a rede de apoio no combate violncia mulher, a rede de apoio para fazer com que essa mulher que acaba de fazer a denncia saiba pra onde correr e que ela ser assistida
Por exemplo, a gente acabou de aprovar um projeto de lei que fala que as crianas filhos de mulheres vtimas de violncia tero nas vagas de creches. Eu desenvolvi tambm um projeto que torna obrigatrio que haja denncia, por exemplo, se voc tiver num condomnio, num hotel, em todos esses esses lugares que de alguma forma so coletivos, haja obrigatoriedade, se algum ver uma agresso contra a mulher, tem que denunciar, porque s vezes voc pode ser omisso at num feminicdio, porque voc viu a briga ali, voc viu a agresso e no denunciou.
Ento, a gente trouxe tona essas discusses. Obviamente que nem tudo que ns trazemos tona so projetos de lei. Pode ser uma indicao, pode ser o requerimento onde a gente traz o tema, pode ser um projeto como foi esse projeto de lei meu apresentado, no aprovado. Mas a gente tem trazido, sim, de forma muito coerente, de forma muito irvel, eu at diria, as discusses para dentro da cama, referente mulher.
Leiagora- A senhora mencionou agora a questo de alguns projetos que podem no ser aprovados, e eu vou perguntar um pouco em relao oposio a na Cmara, que parece que est um pouco enfraquecida. Como possvel atuar dessa maneira, j que tambm no conseguem emplacar I, nem aprovar convocao? Como a senhora avalia a posio dos parlamentares na Cmara?
Michelly Alencar - Eu diria que o enfraquecimento seria por um contexto do nmero, n? Digamos que na legislatura ada haviam cinco vereadores que andavam marchando juntos em todas as atuaes, cinco nomes que eram muito combativos. Nessa legislatura a gente tem alguns nomes. Eu sou da oposio, mas no entendo que seja uma oposio mais enfraquecida porque tudo que ns temos encampado tem dado repercusso, por mais que a base tente nos sufocar.As nossas atuaes tm sido vistas pela populao.
Nesse caso da I dos Medicamentos, a base ganhou, mas ns temos ali um representante que esteve na fiscalizao conosco, que, inclusive, o representante mais atuante dentro da fiscalizao, questionando, perguntando. As oitivas esto tendo minimamente uma qualidade por conta do papel desse vereador. Ento, eu no considero que ela esteja enfraquecida. Eu considero que, talvez, nesse incio, a gente teria cinco meses de atuao, e uma oposio que ainda est se articulando, mas as nossas atuaes tm sido massivamente feitas de forma que a populao tem visto a nossa luta.
Por exemplo, a questo do kit alimentao, que referente a uma luta minha aqui, que foi massivamente divulgada. Eu fui para cima com a secretaria. Eu nunca nem tinha pisado no stimo andar da Prefeitura e foi o que me levou l. A minha discusso do kit de alimentao, a questo da vacinao dos catadores de lixo, a discusso dos resduos slidos, eu que levei. Ento, assim, a gente teve resultados, os caadores foram vacinados. A alimentao que ns pedimos que fosse doada a todos eles foi ampliada.
Ns temos algumas lutas que ainda esto sendo resolvidas, atendidas aos poucos. A merenda, aos poucos tambm. Inclusive, a prpria primeira dama, esse tempinho, falou que era uma luta dela, que ela tinha conseguido e que ela daria merenda pras crianas, n?! , assim, eu no tenho essa vaidade de falar Ah, mas pera, isso da eu que consegui. Fizemos uma outra com a ajuda do Ministrio Pblico, acionamos a Prefeitura. Sabe aquela coisa da gua mole em pedra dura, tanto bate at que fura?
Ento, assim, eu acho que, talvez, aqueles cinco que ficaram muito conhecidos na legislatura ada, a gente no tenha hoje. A gente tem, talvez, trs, quatro, no mximo, e cada um muito individual, mas no acho que isso esteja enfraquecendo, no. Acho que faz parte do processo e cada um tem lutado muito por suas pautas e acho que as coisas vo se ajustando. A gente vai conhecendo, e cada um vai traando o seu caminho.
Leiagora- A senhora mencionou parceria com o Ministrio Pblico. Ento, alm das denncias na mdia, a senhora adota outros procedimentos para garantir que os casos sejam apurados?
Michelly Alencar - Com certeza, porque a gente no denuncia nada, pelo menos no da minha parte, que fique apenas para um discurso miditico. Se eu fao uma denncia, ela tem embasamento para que isso, realmente, chegue s instncias, s esferas que podem resolver o problema. Ento, quando a gente aciona a Prefeitura, quando a gente aciona o secretrio responsvel, quando a gente traz essa essa discusso mdia, e a gente v que necessria a atuao do Ministrio Pblico em conjunto, com certeza a gente entra.
Por exemplo, o kit alimentao foi uma parceria com o doutor Miguel Slhessarenko [Ministrio Pblico], a ele fez at uma ao de conciliao com a Prefeitura. Ento, assim, ns nos fortalecemos, sim. Na questo dos medicamentos o Gaeco j tem investigaes tambm. Ento, ns temos vrias frentes aqui. O nosso relacionamento com o Ministrio Pblico Estadual um relacionamento prximo, porque todo o objetivo do trabalho que a populao seja atendida.
Inclusive, recentemente, fiz at uma denncia com relao a funcionrios fantasmas nas Unidades Bsicas de Sade e todo esse enfrentamento porque existe um problema srio, um problema grave e no queremos que a populao continue sendo vtima disso.
Leiagora- Em relao aos medicamentos vencidos, a senhora esteve na fiscalizao mas no conseguiu espao na I. A senhora acredita que essa investigao pode trazer algum resultado efetivo, vereadora?
Michelly Alencar - Na verdade eu no consegui espao na I primeiro porque eu nem me coloquei como uma das opes para compor. De todos os vereadores que estiveram numa fiscalizao, ns reconhecemos que ns precisvamos ter pelo menos um e a I, ela exige alguns requisitos jurdicos e de regimento interno. Ento, eu sou a nica representante do meu partido. Ento, se eu no propus a I antes do vereador Lilo [Pinheiro], que foi o primeiro a propor, eu obviamente j estaria fora. Entende? Por que, por exemplo, quem vai ser o relator? a maior bancada da Cmara, o partido que tem o maior nmero de representantes. Ento, foi o Marcos Brito o relator. No caso do [TC] Paccola, a gente decidiu que seria ele, porque seria o outro partido que tambm tinha a maior representatividade na Cmara.
Ento assim, no que a gente perdeu por isso ou por aquilo. A gente perdeu, porque, obviamente, tem o interesse da base, que se assustou com o nosso trabalho e props a I na sequncia. A gente j tinha um pedido, mas eles formalizaram primeiro e porque a gente segue o regimento interno. Ento, isso que fez com que eu no estivesse presente, porque eu nem me coloquei como essa opo.
Leiagora- Em relao ao vereador Paccola, que a senhora citou, hoje ele est em cima do muro. Ele era oposio e ficou agora independente. Mas a pergunta : a senhora representada por ele?
Michelly Alencar - Eu fiquei fora de duas reunies da I, porque eu tive problemas muito srios na minha famlia, sade e tal, mas nas reunies que eu participei, eu acho que ele o nico ali que consegue agregar aquilo que ns esperamos, que um pouco mais de informao, de questionamento, de realmente cumprir o papel da I. Ento, at este momento, eu acho que ele vem cumprindo o trabalho da maneira que esperava, s que ele um e ns temos trs. Um s tambm no o suficiente para que os rumos da I cheguem aonde ns gostaramos. Eu no posso definir o trabalho dele, mas ele um cara que eu tenho esperana que v fazer com que a I no caia naquilo que a gente mais teme, que virar pizza. um vereador que gerou uma expectativa e estamos ainda esperando.
Leiagora- Ainda nesse sentido, alguns vereadores que foram eleitos como oposio mudaram totalmente de lado no meio do caminho. A senhora acredita que houve um oferecimento de cargo para isso? A senhora chegou a ser procurada, por exemplo, para uma conversa nesse sentido?
Michelly Alencar - No. Muitos que entraram como oposio j no primeiro ms escolheram um outro lado oposio. A oposio realmente so poucos os vereadores. O Paccola tomou o rumo daquilo que eu acho que ele acredita ser o mais coerente para o mandato dele. Eu tenho muita, mas muita tranquilidade em dizer que o Emanuel sabe, e o secretariado dele j sabe, do meu perfil. Ento, eles no tiveram essa ousadia de me procurar para fecharem uma proposta indecente. Eles sabem a quem eles fazem propostas. E eu no posso, em maneira nenhuma, dizer que os vereadores que foram eleitos defendendo a oposio e no mesmo ms j viraram vereadores da base receberam essas propostas, no tenho como afirmar, porque isso seria, at juridicamente, um falso testemunho, porque eu no presenciei nada. A gente tem os nossos pensamentos, a gente tem os nossos julgamentos prprios, mas da por esses julgamentos eu no acho que seja o caminho porque eu no vi, eu no presenciei, eu no sei. Ento, quanto aos outros vereadores, eu no posso julgar.
A mim, eu digo que no recebi nenhuma proposta e o meu posicionamento como eleita permanece para o mandato: eu sou contra a corrupo.
Leiagora- Em relao I dos contratos, que quer investigar desde a gesto do atual governador Mauro Mendes. A senhora acha que vivel uma I que apura casos de 2012? Que efeitos tm juridicamente apoiar casos de 2012? Eles estariam com a inteno de desviar o foco?
Michelly Alencar - Essa foi uma I que foi muito questionada por todos ns, porque foi uma I inicialmente que no tinha um objeto de investigao. Como que voc faz um objeto os contratos? No, os contratos de tantos anos no so objeto de investigao. Ento, foi uma I que gerou muita discusso e, principalmente, alguns pontos de interrogao. Como que uma legislatura vai investigar contratos de tantos anos? A gente tem contratos da legislatura do Mauro quando prefeito. Por qu? assim, a gente questiona.
Por exemplo, eu estou questionando o contrato de uma empresa que a Prefeitura acabou de renovar por mais 30 meses. Um contrato que vem sendo questionado na Justia, que o TCE j apontou irregularidades, j foi questionado por praticamente todos os vereadores da oposio da legislatura ada, que aplica preos abusivos. Esse contrato acabou de ser renovado. E a eu tenho um contrato absurdo desse sendo renovado e eu tenho uma I falando de contratos de 2012, entendeu? uma coisa que realmente coloca em dvida o propsito dessa I, se realmente ela vai alcanar o objetivo dela.
Leiagora- A prpria I dos medicamentos, a senhora no acha que ela pode estar sendo usada pra tentar tambm localizar erros da gesto do Mauro e caminhar nesse sentido desviar o foco do Emanuel?
Michelly Alencar - No, ento, no caso da I dos Medicamentos eu acho que a gente tem o foco, que aquela tonelada de medicamentos vencidos da gesto da Norge Pharma, uma gesto que hoje ela est responsabilizada como contratada por Emanuel Pinheiro. Ento, assim, eu acho que nesse caso a gente tem um objeto claro de investigao, a gente tem um fato e esse fato est sendo investigado. Nesse caso, a gente tem basicamente duas vias que precisam ser responsabilizadas: A Secretaria Municipal de Sade e Norge Pharma. Ento, nesse caso, eu no vejo como uma responsabilizao de uma gesto do Mauro, mas da I dos Contratos, sim, muito estranho.
Leiagora- Ainda em relao Cmara, vereadora, o parlamento aprovou aquela moo de aplausos para a operao no Morro do Lugo Jacarezinho e a senhora foi a nica que se absteve na votao. Por que? A senhora acha que isso maculou a imagem da Cmara?
Michelly Alencar - Ento, eu realmente me abstive, porque eu acho que no o momento para ns, vivendo uma pandemia com com problemas na nossa sade, problemas econmicos, ficar dentro da Cmara, gerando um desconforto, tomando tempo pra fazer moo de aplausos para algo que nem aconteceu aqui, entendeu? S pra trazer uma discusso de eu sou a favor, eu sou contra a atuao da polcia? Pelo amor de Deus. Nem foi ainda desvendado, nem as investigaes esto sendo feitas. Eu no tenho como me posicionar aqui e ficar tomando tempo, porque ns, vereadores, temos trs minutos no nosso grande expediente. Ns temos pouqussimo tempo para discutir aquilo que, de fato, impacta os cuiabanos. Ento, eu me abstive, porque eu acho que no seria coerente para ns, representante do povo cuiabano, ficar discutindo moo de aplausos para algo que nem aconteceu aqui.
Leiagora- Michelly, falando de poltica partidria, a senhora j definiu se vai disputar em 2022?
Michelly Alencar - J defini. No vou disputar em 2022, no. Eu quero concluir meu mandato. Eu acho que, assim, eu sou nova na poltica, minha primeira experincia, e eu defini no meu corao que eu quero focar nesse mandato.
Leiagora- Essa uma definio da senhora ou do Democratas?
Michelly Alencar - Ento, essa uma definio pessoal minha. Eu, Michelly, me propus, quando eu decidi ser vereadora. L atrs eu j tinha comigo que eu queria fazer o meu primeiro mandato consolidado, um mandado completo, inteiro, de quatro anos. Se, de repente, eu tivesse que sair candidata a deputada, os meus eleitores continuariam sendo representados pelo meu trabalho, no mbito estadual, mas foi uma deciso pessoal minha e hoje eu falo dessa deciso minha, como Michelly. No sentei ainda com o grupo. No fui acionada pelo grupo para dizer oficialmente olha, grupo, no quero sair, no vou sair. At porque existe uma escassez de mulheres dispostas a concorrer, e a gente sabe que cada chapa precisa ter ali o seu quantitativo de mulheres, mas eu j falei com o presidente do partido e com alguns integrantes, nada oficial, mas j me posicionei. Olha, eu no quero, eu no vou, no tenho interesse e j quero que vocs saibam disso. Ento, hoje esse o meu posicionamento e a gente vai dar continuidade s conversas.
Leiagora- Esse posicionamento foi bem aceito ou a senhora sente que ainda haveria possibilidade de ser convocada?
Michelly Alencar - No, no. Por enquanto eu estou sendo bem respeitada. O meu grupo no fez nenhuma exigncia. Claro que a gente est aqui pra somar, a gente est aqui para realmente fazer a diferena na poltica e eu acho que, quanto maior a proporo de alcance, e se a gente acredita que est aqui, realmente, para fazer um bom trabalho, melhor, n?! Se eu posso alcanar ainda mais o nmero de pessoas com o de um trabalho srio, de um trabalho ntegro e coerente, timo. Mas que esse no o meu objetivo no momento. Foi muito bem aceito, respeitado pelo presidente do partido, por algumas pessoas que eu j conversei, mas, como eu disse, formalmente e oficialmente no tive essa conversa com, por exemplo, os lderes estaduais. Eu tive com o presidente municipal e alguns integrantes aqui, inclusive, a prpria primeira dama, o governador, que fazem parte desse grupo.
Leiagora- Falando no DEM estadual, o partido aparenta estar rachado j tem um tempo. O Emanuel at brinca com isso e diz que metade dos democratas seriam seus apoiadores. A senhora participa dos debates estaduais? A senhora acredita, por exemplo, numa reeleio do governador Mauro Mendes?
Michelly Alencar - Acredito na reeleio do governador Mauro Mendes, sim, e o que eu puder fazer pra apoiar eu farei, porque eu acredito que, se ns temos uma boa gesto, que respeita, que entrega aquilo que a populao precisa, a gente tem que apoiar com todas as foras. E eu acredito muito no trabalho do do governador Mauro Mendes. Acredito, sim, que ele vai ser reeleito e vou apoi-lo se assim ele decidir, assim que oficializar sua candidatura, porque isso no foi oficializado ainda, eu serei uma das primeiras a apoi-lo.
Agora, com relao ao racha no partido, ao Emanuel fazer as piadinhas dele, porque bem tpico dele, o que eu posso dizer : Emanuel um poltico antigo. J foi vereador, j foi deputado, tem um trnsito com todo mundo, ele conhece todo mundo. Obviamente, no meio poltico, ele tem as pessoas que ele um pouco mais prximo, independente do partido. Ento, ele faz as brincadeirinhas dele, dizendo que parte do partido est com ele e outra parte com o Mauro. No acredito nisso, acho que so s alfinetadas, porque ele busca meios para alfinetar o governador mesmo, e no acredito que esteja rachado. E, se estiver, no algo que chega at mim, porque eu nunca participei de nenhuma roda de conversa, de nenhum momento onde eu pude ver esse reflexo de pessoas que conosco e ao mesmo tempo esto com o Emanuel.
Leiagora- E em relao eleio do Emanuel, a senhora acredita que ele pode sair candidato ao Governo em 2022?
Michelly Alencar - Olha, eu no duvido nada do Emanuel. Ele uma pessoa que nada nos surpreende, entendeu? Ele foi reeleito, ele uma pessoa que sabe muito fazer poltica. Isso eu iro no Emanuel, ele sabe fazer poltica. Se ele quer um negcio ele vai l e faz. Ento, no sei se ele vai ser no, mas pode acontecer. Ele tem dito na mdia que ele candidato ao Governo, n?! Eu acho que l na frente ele tambm pode mudar de ideia. Dele eu espero qualquer coisa, ele mudar de ideia ou ele ir em frente. Independente dele sair, eu j tenho o meu apoio, que o Mauro. A ele jamais.
Leiagora- Mas se o Emanel sair ao governo, ele tem que largar a Prefeitura. A senhora acha que seria uma traio com a populao?
Michelly Alencar - Olha, eu no sei te responder, porque eu acho que difcil. Acho que, para mim, a maior traio um poltico corrupto, roubar da populao aquilo que de direito. Depois de ns termos visto um vdeo dele colocando dinheiro no palet, eu no sei, at que ponto tem esse respeito dele sair candidato. Nesse momento eu no sei te dizer, porque, como eu disse, a gente espera qualquer coisa dele. Ele t formando, ele tem um vice bom, que o Stopa, e eu no sei qual a articulao, porque eu, de fato, no participo das articulaes e nem das conversas, no sei como eles esto pensando. s vezes ele fica aqui pentelhando, falando, falando, a chega l na hora e v que o cenrio no propcio e ele no sai. Ento, eu acho que muito cedo pra eu dizer que se ele sair e no ganhar ele vai trair ou vai deixar a populao na mo.
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