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29/09/2021 s 12:59 1b4o4f

O colorido e a beleza naf das telas de Albina de Oliveira 1rw5v

Inspirada pela me Osvaldina dos Santos, a artista traou o prprio caminho e expe nacionalmente 634g1v

Priscila Mendes

O colorido e a beleza na

Foto: Divulgao

Com um colorido que remete s tradies e festas locais, a artista plstica Albina de Oliveira usa a pintura para expressar seu fascnio diante do mundo e, assim, vai deixando sua marca no cenrio cultural por meio da arte naf ("ingnuo", em francs"), produo geralmente de autodidatas de formaespontnea e informal.O resultado costuma esbanjar grande quantidade de cores, explorando temas cotidianos.

Por sua arte, Albina apresenta o cotidiano de forma mais alegre e cheia de sentimentos. O acervo dela conta com mais de 70 obras, sem mencionar as que j foram vendidas ou presenteadas.

Albina Oliveira nasceu em Cuiab e se dedica pintura desde 1995. Foi orientada pelo artista plstico Benedito Silva e j participou de vrios eventos, como a Bienal Nafs do Brasil, em Piracicaba.

A veia artstica de Albina se manifestou na infncia. “Antes mesmo de frequentar a escola, desenhava vaquinhas e boizinhos, sem que ningum tivesse me ensinado. Frequentando uma escola de freiras, logo me interessei pelos desenhos e, enquanto a professora falava, eu me distraia fazendo florezinhas no caderno”, conta a artista.

Os desenhos ficaram em segundo plano quando ela se casou. Depois de viva, decidiu entrar para a faculdade de psicologia e foi ali que as manifestaes artsticas desabrocharam.

Autodidata, se encontrou nas pinturas, nas poesias e nos contos. “Pintava no papel, nos cadernos e ei para os quadrinhos. Cheguei at a vender estes quadrinhos”, lembra. Albina freqentou apenas dois meses de aula de pintura, depois parou e continuou se desenvolvendo sozinha.

A grande influenciadora de Albina foi a me dela, Osvaldina dos Santos, artista renomada que j vendia quadros para a China, Alemanha e outros pases. Certo dia, a matriarca pediu para ir Galeria N’Arts, da artista plstica Heleninha Botelho.

Em conversa amistosa, Albina soube que estava havendo um Salo de Artes em que a me seria homenageada. “Heleninha sugeriu que eu me inscrevesse, fiquei um pouco tmida, pois nunca tinha participado de um salo. Mas, me inscrevi e fui selecionada. A recepo foi uma grande festa na Secretaria de Cultura, com coquetel, muita gente, imprensa”, lembra.

Seguindo os os luminosos da me, Albina tambm almejou ter a prpria arte reconhecida. Imaginando que suas obras estavam sendo selecionadas em razo da influncia da me, decidiu participar de sales fora de Mato Grosso. “Precisava acreditar no meu potencial. Me empolguei e comecei a participar dos eventos do Sesc Piracicaba, em So Paulo, no grande Centro de Pintura Naf”, diz.

Com inspirao nos elementos da flora, da fauna e do folclore cuiabano, a artista plstica acredita em inspirao divina. “Tm dias que eu fico pensando no que fazer. A durmo e acordo com a vontade de fazer algo e vou fazendo. At com os contos acontecem dessa forma. Tenho muitas poesias, mas agora que estou catalogando, estou arrumando as poesias de outrora para escrever um livro”, acrescenta.

Mesmo com dificuldades de andar, aps um tombo que levou em casa, ela nunca parou de pintar e continua participando de exposies, no formato on-line, em razo da pandemia.
Com assessoria
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