Por Antonio Neres*
A mentira tem pernas curtas, mas seu estrago pode ser duradouro. Nos tempos atuais, onde a informao circula rapidamente, inventar e compartilhar mentiras contra autoridades no apenas uma demonstrao de leviandade, mas um ato que mina a confiana pblica e enfraquece as bases de uma sociedade justa.
A difamao, muitas vezes espalhada sem qualquer preocupao com a veracidade, pode destruir reputaes, comprometer decises importantes e gerar instabilidade. Mais do que isso, representa uma falha moral grave, pois no apenas fere a dignidade daqueles que so alvo dessas falsas acusaes, mas tambm manipula a opinio pblica com intenes questionveis.
A integridade de uma nao depende da transparncia e da responsabilidade. O discurso deve ser pautado pela verdade e pelo respeito, permitindo que crticas sejam feitas de forma legtima e fundamentada. Quando a mentira se torna ferramenta de ataque, perdemos no apenas a credibilidade de indivduos, mas tambm a confiana coletiva no sistema.
Antes de compartilhar uma acusao ou replicar um boato, essencial questionar sua origem e propsito. A sociedade se fortalece no pelo rudo das falsidades, mas pelo compromisso com a verdade. Afinal, sem honestidade, nenhuma estrutura democrtica se sustenta, inventar ou compartilhar fofocas maldosas um ato covarde e inaceitvel, alm de ser crime.
Inventar mentiras e fofocas para atingir reputaes no apenas um crime; um reflexo da pequenez de quem escolhe difamar em vez de construir. E na cidadezinha que antes era pacata, restou o aprendizado: uma palavra pode ser to afiada quanto uma lmina, e alguns cortes jamais cicatrizam por completo.
Antes de espalhar uma mentira sobre algum, pare e pense: e se fosse ao contrrio? Se, de repente, sua reputao fosse manchada por informaes falsas, sem chance de defesa, sem sequer saber de onde veio o ataque? A sensao de impotncia, a injustia e o peso do julgamento alheio so cruis e podem destruir vidas. Compartilhar fake news com a inteno de prejudicar um ato irresponsvel e desumano. A verdade e o respeito devem sempre prevalecer, porque, no fim, todos somos vulnerveis s consequncias das palavras que lanamos ao vento.
