A escritora e poeta Janete Manac lana, no prximo dia 11 de dezembro (sexta-feira), s 19h, cinco livros por meio do portal online pela Casa das Pretas do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune-MT).
'Tecel de memrias' (narrativas), 'Valentina, a menina que brinca com o vento' (infantil), 'Outono para alm da janela' (poesia), 'GAIA - A potica silenciosa do Amor' (poesia) e 'A sabedoria dos caminhos: poesia em tempos de pandemia so as novas obras de Manac'.
Os livros j esto venda e podem ser adquiridos com a autora, que futuramente pretende realizar o lanamento deles de forma presencial, com mais segurana.
Em 2018, aos 61 anos, j aposentada como servidora pblica federal, Janete lanou numa nica noite 3 livros de poesias: 'Deusas aladas', 'A ltima valsa' e 'Quando a vida renasce do caos'. Em 2019 houve mais dois lanamentos: 'Sinfonias do entardecer' e 'Extasiada de infinitos'.
As protagonistas das suas poesias so a Me Terra, as ancestrais e as mulheres em conexo com o sagrado tero planetrio. A essas mulheres, com essas mulheres e por essas mulheres ela escreve.
Sua poesia contm perfume, memria, sabor, cura e proteo, que invoca e convoca todas essas mulheres a estarem no seu lugar de guardi, devota, curandeira, parteira, rezadeira, raizeira, benzedeira, dentre outras, num acolhimento afetivo, solidrio e amoroso.
Janete Manac (Janete Ferreira da Silva) filha de camponeses, aposentada, escritora e poeta. ou a infncia num povoado rural no norte do Paran. Ama a vida, a natureza e todas as formas de arte. Bacharel em Servio Social, Rdio e TV e Filosofia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
colaboradora do Pargrafo Cerrado e integrante do Coletivo Literrio Maria Taquara, ligado ao Mulherio das Letras/MT. Possui poesias publicadas na Revista Pix, Rudo Manifesto, Ser MulherArte, Tyrannus Melancholicus e outras mdias.
Tecel de memrias
O livro 'Tecel de Memrias', com ilustraes de Elis Souza Rockenbach, capa da artista plstica Cidinha Ferreira e prefcio da atriz Lcia Palma, marcado por reminiscncias que povoaram o imaginrio da autora, da infncia vida adulta e agora so compartilhadas com seus leitores.
Em 'A menina que nunca deixou de sonhar' a autora relata seu cotidiano nos rigorosos dias de inverno na lavoura de caf no norte do Paran.
“A vida no oferecia uma segunda chance. Ou vencamos os desafios ou eles nos destruam sem nenhuma piedade. Na lei dos mais fortes, os frgeis vencem pela teimosia...” Remeteu-me a Ana Terra, de rico Verssimo: “vou vencer por birra”, destaca Lcia Palma, atriz e especialista em semitica da cultura.
Na narrativa 'Crianas boias-frias e as aventuras na colheita de algodo' ela conta que aos 10 anos teve que deixar a escola no trmino do segundo ano primrio por “necessidade de sobrevivncia” (sic)... “nem o amor ao conhecimento e a splica da Professora” puderam salv-la. Ela diz: “fome no rima com poesia e muito menos com o desejo de sonhar”, ressalta Lucia Palma.
A autora relata de maneira especial sua acolhida por Cuiab desde o incio e como ela se apaixonou por essa Capital. Em suas narrativas ela faz um eio pela vida noturna da cidade, suas descobertas culturais, as relaes de amizade com artistas que tocaram seu corao e o encanto com as belezas de Chapada dos Guimares, com destaque cachoeira Vu da Noiva.
Valentina,a menina que brinca com o vento
Com ilustraes de Elis Souza Rockenbach, o livro 'Valentina, a menina que brinca com o vento' a primeira produo infantil da autora e conta as aventuras criativas de uma menina, que at os 8 anos de idade viveu no campo e usufruiu dos benefcios da me natureza.
As ilustraes em preto e branco, tem como objetivo propiciar criana uma interao ldica com a obra. “Cada criana nica e traz em si um inesgotvel potencial artstico. Ento ela quem ir, de acordo com a sua percepo, colorir o livro, dando ao mesmo a cor que lhe sugere a histria”, conta Manac.
Nas pginas finais h alguns jogos como, caa palavras, entre outros, que tambm instigam o desenvolvimento intelectual e criativo da criana. “Por incrvel que parea este livro teve boa aceitao inclusive entre os adultos que entram em harmonia colorindo as ilustraes”, conclui a autora.
Outono para alm da janela
Capa da artista plstica Cidinha Ferreira e prefcio da poeta Mirian Marclay. Esse livro foi inspirado em vrias vivncias cotidianas e muitas delas remetem infncia, mais especificamente a estao de outono.
Essa estao que traz como lio a necessidade de exercer o desapego um tempo de recluso e de compreender que o ser humano uno com a natureza. um momento de maturidade que traz reflexes acerca das perdas e conquistas e nos ensina a ressignificar o que realmente importante na vida.
Conforme descrito em seus versos, o outono trouxe muita dor vida da autora, e a fez compreender que era nessa estao que as grandes mudanas aconteciam. Um perodo de muitas dificuldades. Era preciso despir-se da pele habitada para que nova roupagem pudesse revestir o corpo para a chegada do inverno.
“A poesia um resgate de si mesmo no tempo presente. E esta obra um presente que nos instiga a resgatar-nos um pouco mais atravs do olhar sensvel e conectado a Gaia desta autora to sensvel e ligada aos movimentos atuais – sem esquecer de suas razes atemporais”, ressalta Miriam Marclay, poeta e escritora.
“Entre o parapeito e as flores / o olhar expandido voa / para alm dos sentimentos / quantas poesias foram colhidas / entre as folhas brincando ao vento / aos olhos apressados do tempo (...)”, poesia, com o mesmo ttulo do livro.
Gaia: potica silenciosa do amor
Capa do artista plstico Jos Augusto e prefcio da poeta Lvia Bertges. Gaia – a potica silenciosa do amor nasceu em plena pandemia e chama a ateno para o cuidado amoroso e necessrio quela que tudo nos prove: a Me Terra.
O livro traz tona reflexes acerca deste momento de incertezas e conclama s pessoas para uma nova era de amor, entrega, partilha e solidariedade. A autora espera que as poesias nele contidas possam reverberar a urgncia do cuidado planetrio.
O livro faz um convite s curandeiras e guardis da vida planetria sob ameaa de extino a darem as mos numa harmoniosa ciranda para acolh-la com amor e bem-quer.
“Vigie a plenitude da Terra, escute o silncio. Acolha-os. Este o convite primordial desta escrita-anfitri de Janete Manac”, refora, Lvia Bertges, poeta e doutora em estudos literrios pela UFMT.
De acordo com a autora, Gaia e sempre ser protagonista das suas poesias. “Seus dias so de viglia universal / Tm destaque nos meus versos / transbordam nas pginas do meu ser / sua fora proteo / dos meus dias inquietos / Senhora dos meus desertos” estrofes da poesia, Senhora dos meus desertos.
A sabedoria dos caminhos: poesia em tempos de pandemia
A capa dessa obra da artista plstica Daniela Monteiro e prefcio de Silviane Ramos, herdeira do quilombo do Quariter. Esse livro foi produzido totalmente durante na quarentena.
As 101 poesias nele contidas fazem parte do “Momento com Gaia”, projeto criado no incio da pandemia e tem por finalidade enviar todas as noites um udio com poesias de autoria de Janete Manac para centenas de pessoas do Brasil e outros pases, via whatsApp.
Esse projeto nasceu com a necessidade de expressar o seu afeto a dezenas de pessoas que estavam ansiosas, depressivas e muitas delas desenvolvendo sndrome de pnico. J foram enviadas mais de duzentas poesias. Alm desse, j esta em andamento mais um livro.
“Expostos iminncia da morte, fomos tocados pelo desejo de viver. O projeto continua a todo vapor. s vezes quando eu atraso o envio as pessoas me mandam mensagens cobrando. Muitas no dormem enquanto no ouvem o Momento com Gaia”, declara Janete.
“De repente o ado j no cabia no hoje. A cadeira de balano ou a ser o lugar mais cmodo para repensar a vida e dar novos tons ao cotidiano. Era preciso aprender a lidar com as frustraes, curar as feridas, perdoar, desenvolver a compaixo, saber ouvir. O momento pedia calma, acolhimento, solidariedade, desapego, entrega, amor. Havia uma necessidade urgente em aprender a organizar o caos, arrumar a casa, exercitar a compreenso, dialogar, ser e estar no mundo vivenciando o agora na intensidade que o momento requeria. Como um convite que a todo instante nos instigava a reinventar novos caminhos” esclarece Janete na apresentao.
Servio
O QU: Lanamento das obras
1. Tecel de memrias
2. Valentina, a menina que brinca com o vento
3. Outono para alm da janela
4. GAIA - A potica silenciosa do Amor
5. A SABEDORIA DOS CAMINHOS: poesia em tempos de pandemia
QUANDO: 11 de dezembro de 2020, s 19h ONDE: Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune-MT), a Casa das Pretas (LIVE) MEDIADORA: Marta Cortezo do Mulherio das Letras da Espanha
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