Por amor arte, as irms Camilla e Giovanna Di Grecco deixaram a carreira em arquitetura e urbanismo de lado e juntas formaram durante a pandemia o duo "Digrecco". As artistas so influenciadas pelo universo pop nacional, americano, latino e pelo hip hop. As meninas so de Cuiab e atualmente moram em So Paulo.
Com mais de 12 mil seguidores no Instagram e clipes com 170 mil visualizaes no YouTube, a dupla vem fazendo sucesso por onde a. Elas j abriram shows de grandes nomes da msica como Lusa Sonza, Pabllo Vittar e Lexa. Alm de participarem da Feijoada de Inverno de Chapada dos Guimares (67,8 km de Cuiab) e do Rveillon de 2024 na cidade.
Ambas tiveram influncias artsticas desde de pequenas na famlia, com o pai e com a irm mais velha que a atriz e cantora Gabriela Di Grecco. Ela participou da novela Alm do Tempo e ganhou reconhecimento internacional por co-protagonizar a srie Bia, do Disney Channel.
As garotas tambm so formadas em Ballet Clssico e j participaram de competies no Brasil (2003-2009) e at em Nova York (2010). Desde 2020 a dupla vem se dedicando a Digrecco. Em junho de 2021, foram convidadas para se apresentar na premiao latinoamericana SEC AWARDS, ao lado de grandes artistas. Finalizando 2021, Camilla e Giovanna criaram o projeto audiovisual “Digrecco Session”, em que recriaram grandes hits da msica.
Em 2022, a dupla estreou no cenrio pop autoral com a cano e videoclipe de “Checkmate”, em 2023 lanaram “Veneno”, “Mi Amor”, “Lado B” e o mais recente “Na Minha Mo”, que compem seu primeiro EP de carreira.
Confira a entrevista completa do quadro“A Histria Por Trs do Artista”:
Entret - Como comeou a relao de vocs com a msica? Foi desde criana?
Camila - A nossa relao com a msica comeou primeiro atravs da dana. Somos bailarinas e a gente comeou na infncia a danar. Eu comecei com 6 anos e a Giovanna comeou com 9 anos. Alm disso, a minha famlia musical. Meu pai toca violo e sempre cantou junto com a gente em casa. Ento a gente sempre teve essa relao boa com a msica. Atravs da dana eu participei de competies e a Giovanna tambm. Ela inclusive ficou no terceiro lugar no mundial de bal clssico, ela foi representar o Brasil em Nova York, isso foi na adolescncia. Ento a gente sempre teve essa ligao forte com a msica e s adultas que a gente quis comear a cantar, isso por influncia da nossa irm mais velha, ela atriz e cantora. A gente ainda no tinha a experincia de cantar ainda, s com a dana. A nossa irm mais velha est no ramo j faz uns bons anos e a gente foi tendo contato com o trabalho dela com set de filmagens e a foi dessa forma que a gente viu que era possvel entrar para a carreira artstica j que a gente conseguia ter um contato muito prximo com ela e ver ela concretizando o seu trabalho. Eu gostava de cantar, mas gostava de cantar em casa, no tinha tido outras experincias e a Giovanna a mesma coisa. S que a gente via que sempre gostamos muito disso.
Ns somos de outra profisso, somos arquitetas na verdade e a gente j exercia a profisso. S que a gente no gostava da profisso, no curtimos o que fazamos. Ento veio essa insatisfao com a profisso antiga, mais esse contato com a msica e o audiovisual com a nossa irm mais velha, que a gente foi vendo que gostvamos muito do que a minha irm fazia e comeamos a considerar isso como uma possibilidade de mudana de profisso.
Entret - Ento vocs deixaram a arquitetura totalmente de lado?
Camila - A gente ainda faz algumas coisas porque ainda temos empresa. Meu pai arquiteto e minha me tambm, ns trabalhvamos todos juntos. Essa empresa ainda existe, ento a gente ainda faz algumas coisinhas nos bastidores, mas no estamos atuando mais de fato. Ns migramos de profisso mesmo.
Entret - Como foi a infncia de vocs em Cuiab? Qual bairro moravam?
Camila - A gente foi criada no bairro Jardim Califrnia, um bairro que fica prximo do Shopping Trs Amricas. A gente cresceu nesse bairro. E algo que influenciou a gente tambm que estudamos em uma escola em Cuiab que de uma metodologia chamada Waldorf, uma metodologia alem. Ela traz as pessoas para essa valorizao do ser humano como indivduo. Ento uma escola que no tem uniforme, tem vrias atividades artsticas dentro das disciplinas, no so s as convencionais. Ento acho que foi uma influncia boa na nossa formao por ter esse contato mais artstico tambm atravs da escola.
Entret - Atualmente vocs moram em So Paulo. Por que decidiram sair de Cuiab?
Camila - A gente j tinha essa pretenso de que iria chegar um momento para a gente se mudar para uma cidade maior, onde tudo acontece, como o caso de So Paulo. Para a gente poder aprimorar mais o nosso trabalho, para poder ter mais o s fontes de estudo, mais o s agendas de show e mais pessoas que esto envolvidas com o mbito artsticos. Ento a gente j tinha isso em mente que uma hora isso iria acontecer. De qualquer forma, eu j morei em So Paulo e a Giovanna tambm. A gente fez faculdade de arquitetura aqui, ento So Paulo no era uma novidade para a gente, j tnhamos uma vivncia aqui. Minha irm mais velha h muito tempo mora aqui, ela fez faculdade aqui tambm, ento ns no viemos para c do zero. Acredito eu e aqui a cidade que as coisas mais acontecem e na rea artstica, principalmente no pop, muito importante a gente estar em um lugar onde as coisas comeam de fato no Brasil. A gente esperou ter uma fase de amadurecimento do nosso trabalho para podermos vir para So Paulo.
Entret - O show de vocs tem muitas danas e figurinos coloridos. Qual a importncia disso durante a performance?
Giovanna - Desde o incio a gente sempre se preocupava bastante com a performance. At porque viemos do bal e estamos acostumadas a ver a construo de um espetculo. A gente se preocupou em colocar um telo que tivesse uma parte de visual que encaixasse com as msicas e fazer algo mais personalizado. Ento a gente sempre se preocupou com coreografias, ns fazemos um show praticamente inteiro coreografado. Conforme a gente foi fazendo mais shows e tendo mais estrutura, a gente inseriu os bailarinos. Eles tambm tm contato com o bal clssico e com outras reas da dana.
Sempre foi o nosso foco trazer um show que tivesse mesmo cantando covers uma cara de show autoral, onde existe uma personalidade prpria. Ns tambm nos preocupamos muito com o figurino, tanto nosso quanto dos bailarinos. Para que exista sim um destaque das cantoras em relao ao bal para poder diferenciar, mas que o bal tambm tenha a sua personalidade. Ento a gente sempre conversa com eles, sobre como podemos combinar as cores. Por exemplo, teve um show que ns duas estvamos de vermelho e queramos que o bal se destacasse de alguma forma e vimos que a melhor sada ali seria o bal ficar de branco, com as luzes do palco refletindo ia chamar muita ateno. Ento a gente sempre se preocupa em conversar para que aquilo se torne uma unidade, mas tendo esse destaque da dupla em relao ao bal.
Sobre o nosso figurino, a gente sempre gosta de uma estar combinando com a outra, tanto a cor como o estilo. A gente se preocupa tambm com o conforto dos nossos figurinos, justamente porque temos muitas coreografias no nosso show. A gente se preocupa em adaptar o figurino para que fique a cara do show, que represente a nossa personalidade tambm e que seja confortvel para fazer as coreografias.
Entret - Alm do pop, quais so os outros ritmos musicais do repertrio da Digrecco?
Giovanna - A gente gosta muito de trazer o que est em tendncia no momento para o pblico tambm se divertir com o que est viralizando. Gostamos muito de um pop voltado para o latino, ento algumas msicas que trazem essa referncia do reggaeton a gente tambm gosta de trazer. A gente tambm mescla muito com o pop internacional mais americano, pop anos 2000, o nosso estilo, a gente d uma circulada nesse pop. Tanto latino, quanto americano e a gente sempre gosta de trazer uma referncia de pop anos 2000 que foi a nossa maior inspirao em relao a msica, at para o nosso estilo de msica autoral. Ns gostamos de trazer essa referncia de msicas icnicas das divas do pop.
Entret - No final de 2021 vocs lanaram o projeto audiovisual "Digrecco Session". Como ele funciona?
Camila - A gente fez como um primeiro projeto nosso de fato, a gente mostrando que estvamos cantando de uma maneira mais profissional e tudo mais. A gente ainda no tinha lanado nenhuma autoral ainda, por isso que veio essa ideia de fazer a Digrecco Session com msicas covers. Ns colocamos a nossa identidade trazendo uma mistura de msica nacional com internacional. Ento em cada msica so misturas de duas msicas, uma nacional e outra internacional. A gente misturou msicas mais antigas como Sandy & Jnior com uma msica latina mais atual. E ns fizemos uma baguna a, com a mistura das nossas msicas, para trazer essa identidade, mesmo no sendo msicas nossas.
Entret - Vocs tambm tem msicas autorais? Quais so?
Camila - A gente comeou em 2022, fizemos o lanamento de “Checkmate”, foi a nossa primeira msica autoral. Depois disso ns lanamos mais quatro msicas em 2023, ento foram cinco msicas autorais no total. Onde a gente fechou um EP, que um lbum pequeno. Ento esse foi o nosso primeiro lanamento autoral, a gente quis fechar esse EP para marcar esse momento e cada uma das msicas a gente traz algumas dessas referncias que a gente gosta muito de trabalhar. Ento primeiro foi “Checkmate” que tem essa pegada bem pop americano, depois vem “Veneno” que um pop bem anos 2000, inclusive no clipe ns trazemos referncias dessa poca. Depois vem “Mi Amor” que tem trechos em espanhol e trouxemos essa pegada latina desse estilo de msica mais romntico, depois veio “Lado B” que uma msica mais hip hop americano que tambm uma referncia para a gente. E por ltimo a gente trouxe uma msica que tem uma pegada reggaeton que chama “Na Minha Mo”. A gente optou por fazer clipes para todas essas msicas e todas a gente trouxe a referncia visual da sonoridade que a gente estava trazendo na msica.
Entret - Como vocs veem o cenrio do pop em Mato Grosso e em Cuiab?
Camila - Acredito que um cenrio novo no nosso estado e um cenrio que est em ascenso tambm. Em cada ano a gente v um bom crescimento do pop na nossa cidade atravs de artistas e eventos novos que esto acontecendo. Ento um movimento que est vindo com muita fora, junto com o pessoal de universidades e com o pessoal da diversidade. Acho que aos poucos o pop e a msica alternativa de forma geral em Mato Grosso est conseguindo galgar o seu espao. Ns temos outros estilos musicais que so bem consolidados e que tem muita abertura para shows, como o caso do sertanejo e pagode. Ento um movimento novo e que est vindo com muitas ideias e uma fora bem legal para o nosso estado.
Entret - Como foi participar do Festival de Inverno da Chapada dos Guimares, do Rveillon e da abertura do show da Lusa Sonza?
Giovanna - O show da Lusa Sonza foi o primeiro grande show que participamos. Para a gente foi uma super novidade, no espervamos que fosse acontecer to rpido. Porque quando essa apresentao chegou para a gente, ns s tnhamos feito trs shows at ento. Ns no tnhamos essa experincia de palco cantando, tnhamos apenas atravs do ballet, porm cantando ainda era algo novo. A gente ainda estava se conhecendo como uma dupla em cima de um palco e interagindo com pblico, porque antes disso nossa interao era virtual somente. Quando chegou a oportunidade de fazer o show da Lusa Sonza foi quando a gente viu que era a nossa chance de mostrar o mximo que conseguiramos do nosso trabalho. Aproveitamos esse momento para fazer muitos ensaios com bailarinos, at ento a gente no tinha feito com bal prprio. Nos preparamos por cerca de um ms, criando coreografias com os bailarinos, fazendo a parte do visual e de telo para trazer mais essa nossa identidade. Foram dois dias de Lusa Sonza que fizemos, no primeiro dia entramos depois dela e no outro entramos antes. Experimentamos duas temperaturas de platia, nesses dois dias aprendemos muito. A gente ficou super feliz, tem muita gente que nos para na rua porque conheceu a gente atravs do show da Lusa, ento foi uma experincia muito legal.
Depois aram mais alguns shows que fizemos abertura, que foi o da Lexa e depois abrimos tambm o da Pabllo Vittar. Mais para frente veio o Festival de Inverno que foi o nosso maior pblico at aquele momento, foram 30 mil pessoas. uma responsabilidade muito forte participar de um festival j consolidado, ento a gente ficou muito feliz com o convite e a possibilidade de estar no palco principal. O evento tinha dois palcos e eles deram esse voto de confiana de colocarem a gente em um palco onde estariam as atraes principais. Como o Festival de Inverno um pblico diverso, a gente se preocupou em trazer um pop que no s quem consome vai entender, mas algo que transita melhor para todo o tipo de pblico. Para o Rveillon a gente tambm seguiu essa mesma lgica por ser um evento aberto, tivemos os desafios do deslocamento por conta dos bloqueios no Porto do Inferno, ento a gente teve mais esse aprendizado sobre como faramos com a logstica. Mas foi um show muito bom e eu creio que at hoje foi o nosso melhor da nossa carreira.
Entret - Alm de cantar e danar, o que vocs gostam de fazer nas horas vagas? Tem agum hobby?
Giovanna - Eu e Camila gostamos muito da cultura gastronmica. Nas horas vagas a gente gosta muito de conhecer lugares novos, aqui em So Paulo principalmente porque tem muitas opes. Ento a gente sai muito para restaurantes e cafs. Alm disso, ns temos a preocupao com a nossa sade, ns frequentamos academia. Mas acho que o nosso maior hobby restaurantes e cafs. O resto do tempo ns estamos envolvidas com a nossa carreira.
Camila - At porque tudo que envolve novidades e experincias novas o nosso hobby acaba sendo esse. importante para a nossa rea, a gente conhecer ambientes novos, isso j d uma ideia do que d para fazer no palco, ou uma iluminao diferente de algum lugar. Ento tudo a gente pega de referncia, ainda mais em So Paulo que tem muito lugar para ir e novidades acontecendo. No fim a gente est sempre trabalhando, porque mesmo indo para um restaurante a gente senta e o assunto trabalho. De alguma forma a gente acaba usando para o que ns fazemos.
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