14/11/2019 s 10:04 74444
Mirella Duarte
Apaixonado pela cuiabania, desde muito cedo, enquanto desenhava seus primeiros rabiscos -prestava ateno nos “ditos” populares. Era lenda pra um lado, alerta de que comer manga e tomar leite no pode. Nem virar o chinelo de cabea pra baixo, se no a me morre.
Sendo verdade ou no, isso ficou na cabea do menino que se mudou para a Capital aos cinco anos e, desde ento, s arredou o p daqui para mostrar sua arte ao mundo. No entanto, aqui que ele faz seu “ganha po”, com tatuagens, entre elas, as mais caricatas ou folclricas da cultura regional. “Tenho encanto pela diversidade das lendas que o nosso pas tem, mas me expressar com elas comeou quando comecei a tatuar”, conta Lagarto, apelido artstico do tatuador.
Ele, que se inspira no estilo tradicional americano e no original e com base no estilo oriental, neo tradicional e old school , que para ele so estilos que expressam muita atitude. “Foi ento que me veio essa idia de fazer isso na cultura brasileira e regional. Expressando o cotidiano e as crenas, alm do folclore e animais da regio”, especifica.
Alm de desenhos de ditados populares e lendas mato-grossesenses, lagarto tambm gosta de pintar a cultura nordestina e outras que com traos, cores e figuras mais famosas remetem uma identidade visual de determinada cultura ou local.
As pessoas tendem a reagir de todos os jeitos, algumas acham engraado, outras estranham. “Quando me perguntam por que fao isso, costumo dizer que tento colocar a cultura cuiabana nos cuiabanos”, relata.
Trabalhos no exterior
Lagarto viajou longe com sua arte. Foi at para a Europa, mais precisamente em Lisboa, Portugal. Para a reportagem conta que neste meio tempo foi descoberto por um artista que havia recm participado de um reality show do pas estrangeiro, via instagram, e foi tatuar com ele. “Apesar de no ter nascido aqui, vivo desde a minha infncia em Mato Grosso. Acredito que o cuiabano est ganhando o mundo e, por coincidncia, conheci dois nessa mesma viagem”, finaliza.
04/06
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