O bairro Alvorada em Cuiab, antigo Quarta-Feira, e a agem da Conceio foram os locais escolhidos pelo cineasta mato-grossense Luiz Borges para ambientar seu novo filme, do qual ele assina o roteiro e a direo. “A Favela Sangra, a Amaznia Arde” o nome da obra.
Neste novo filme, o cineasta persegue o tema dos impactos da pandemia da covid-19 iniciada com o curta metragem “Angelus Novus anuncia na boca da noite a derrocada do anticristo”, realizado no ano ado, lanado h um ano no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros.
Agora, o cineasta retorna ao mesmo tema, a pandemia, desta vez a partir do impacto nas comunidades urbanas perifricas e nas etnias indgenas, os Xavante.
Em “A Favela Sangra”, Jamal (Fagner Benedito) um adolescente negro que se prepara para o Enem. Ele se v forado a pedir dinheiro ao irmo, Juca Maluco (Ronaldo Jos), chefe do narcotrfico na comunidade, para comprar os medicamentos necessrios para recuperao de sua me, Josefina, interpretado por Day Brasil.
Numa entrega de cestas bsicas para esta comunidade comandada por Mauro (Jlio Carcar), policiais corruptos (Marcio Borges e outros) fazem uma operao que resulta na morte de civis.
Nesse episdio, fazem uma participao especial a atriz mirim Ivy Costa Felix e Justino Astrevo.
No “Amaznia Arde”, uma parteira vivida pela atriz Fernanda Marimon realiza um parto sem sucesso de uma ndia jovem com covid. A doena ceifa a vida de quase toda a sua aldeia.
Aproveitando-se da tragdia que se abateu sobre seus vizinhos, Andr (Rodrigo Nelman), um latifundirio, autoriza um ataque de seus jagunos e garimpeiros para se apropriar das terras indgenas.
O roteiro foi escrito h trs anos e, apesar de se tratar de uma fico, foi inspirado na realidade a partir das notcias referentes covid.
As filmagens, que ocorrem at segunda-feira (13), so resultado do projeto contemplado pelo edital de audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazar (Secel/MT) e rene uma equipe de cerca de 50 profissionais. So parceiros da produo aPrefeitura de Cuiab e o Cineclube Coxipons da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Para o diretor, “fazer hoje um filme neste Estado um ato de resistncia e exige uma grande cooperao. Para se ter uma ideia, o oramento desse filme aprovado no edital idntico ao oramento da ‘Cilada com 5 Morenos’, que fizemos h 21 anos atrs".
Assinam a produo executiva do filme Gisela Barradas, Rafaela Lerer e Duflair Barradas; Angusto Krebs o diretor de som; a produo de Ana Maria Arajo; a direo de Arte de Las Wrzesinski Ribeiro e Bia Lobo a assistente de Direo.
Assessoria