Domingo, 20 de maro, foi o Dia Internacional da Felicidade, data criada pela Organizao das Naes Unidas (ONU), a fim de propor reflexes sobre o reconhecimento da felicidade e do bem-estar como metas universais na vida das pessoas. Diante dessa necessidade, propor polticas pblicas.
Mas o que felicidade? Pensadores de todas as eras buscaram responder a essa pergunta - e experimentar a tal felicidade, expresso que ultraa o tempo e o espao.
Na origem (epistemologia) da palavra felicidade, seja no latim, seja no protoindo-europeu, h indcios de o conceito ter mais conexo com o 'dar' do que com o 'ter', comenta Lcia Helena Galvo, professora da Nova Acrpole, organizao de Filosofia, Cultura e Voluntariado.
Ela reflete que grandes personalidades da Histria foram importantes pelo que deram e no pelo que tinham de bens materiais. A exemplo de Epteto, grego que foi escravizado (135 d.C) e dizia que “a felicidade um verbo, um desempenho contnuo, dinmico e permanente de atos de valor”.
Outro exemplo Sri Ram, indiano de origem brmane (1973), que deixou ensinamentos prticos para ser feliz, como a liberdade de se desapegar do ado e da ansiedade do amanh, vivendo o presente com mais profundidade e altrusmo, “pois amar dar de si mesmo, e dar de si mesmo consiste na experincia da felicidade e a felicidade consiste na plenitude da vida”, dizia.
Na viso desses e de vrios outros filsofos, a filosofia tem um papel fundamental para ajudar a humanidade a viver melhor. Felicidade, para eles, tem relao com a identidade de ser humano, expresso diferente de estados emocionais como a alegria, que pode ser intensa, mas ageira.
A partir dessas anlises filosficas, constata-se que a felicidade no a da mesma forma que a alegria, pois estaria atrelada a valores humanos, tais quais o conhecimento de si mesmo, a serenidade interior, a capacidade de manter pureza de ideias e sentimentos, a liberdade do pensar, a responsabilidade, a bondade.
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