O Bulixo j faz parte das programaes do cuiabano, habituado com os sabores e as opes de artesanato s quintas-feiras. Entre pausas e retomadas desde o incio da pandemia da covid-19, a iniciativa do Sesc Arsenal j est recebendo pblico novamente, de maneira ininterrupta desde o dia 10 de junho.
Mas a ltima quinta-feira (23) teve um plus: a primeira noite do 1 Festival Mato-grossense de Choro. O pblico da msica aproveitando as delcias do projeto de pequenos empreendedores e o pblico do bulixo se esbaldando ao som tipicamente brasileiro.
Todos sabem - o Bulixo uma iniciativa longeva de valorizao do pequeno empreendedor, aquele da produo familiar, da atividade em pequena escala, seja na culinria, seja no artesanato. “O objetivo fomentar os pequenos, para ganharem o mercado”, sintetiza a gerente adjunta do Sesc Arsenal, Jssica de Jesus.
Para aumentar o distanciamento entre as mesas e reduzir a aglomerao, a feira reduziu de 160 expositores, de antes da pandemia, para 64, sendo 46 da rea de alimentao e 18 das manualidades.
A pergunta, por outro lado, : como esses empreendedores se viraram no perodo de suspenso de feiras?
Dona Neuly Padovani, a ‘Neuly do Pudim’ participa do Bulixo h pouco mais de dois anos - com uma pandemia no meio, infelizmente. Para garantir a renda durante as suspenses, buscou vender a sobremesa para amigos, familiares e conhecidos.
O pudim de Neuly perfeito, domina a tcnica de desenformar! E ela est aliviada com o retorno h pouco mais de trs meses: “A minha renda esta daqui: o Bulixo e algumas feirinhas”.
Izildinha Aparecida, por sua vez, exmia com as artes manuais. Bebe de sua trajetria enquanto pedagoga para transformar tecido, feltro e EVA em capas de caderno, bonecas, fantoches, jogos de memria, chaveiro… E, sim, o artesanato a principal renda dela.
A pedagoga ficou bastante recolhida durante a pandemia e teve de se reinventar. Vendeu pelas redes sociais, pela internet. E, de repente, usou da habilidade com a mquina de costura e ou a produzir uma dos produtos mais procurados na pandemia: as mscaras. E vendia para empresas, em grande quantidade. “Eu no precisava ir rua”, explicou. “No deixei de fazer os outros produtos, mas eu comecei a fazer o que estava no auge”.
A arteso voltou ao Bulixo h trs semanas, quando se sentiu mais segura para atender o pblico, em funo do avano da vacinao. J tomou a primeira dose e est na expectativa de tomar a segunda, agendada para esta segunda-feira. “A gente v que as pessoas saem mais”, comenta, acerca do retorno gradual da “normalidade”.
Frango desossado
O casal Suzana Custdio da Rosa e Etevaldo Alves Guirra at faz peixe para vender (assado com recheio ou frito), mas difcil competir com o carro chefe de vendas: frango desossado recheado com presunto, muarela, queijo catupiry, bacon, calabresa, seleta de legumes, azeitona, acompanhado de feijo tropeiro, arroz e panqueca. “O cliente chega e fala: ‘cad o frango?’, ‘eu quero o frango!’”, comenta a empreendedora.
Naquela noite, eles venderam todas as pores e estavam comemorando o resultado. Esto aliviados com a retomada e o retorno gradual dos visitantes. “S podemos agradecer a Deus de que o movimento est timo”.
Porque os meses de suspenso das feiras foram muito difceis. “Como ns temos s esta renda, foi muito complicado. Quebrou uma perna. Ns ficamos transtornados, porque ficaram dvidas, aluguis atrasados. Na hora que voltou, aliviou”, lembra Suzana, que explica participar apenas do Bulixo e da feira da Secretaria de Estado de Planejamento e Gesto (Seplag), s quartas.
Ariane Laura Maciel comprou as ltimas duas pores do frango desossado, para partilhar com o marido e os dois filhos, no primeiro eio no Bulixo desde o incio da pandemia. A cliente sempre frequentou a feira cultural, mas estava evitando programaes com grande fluxo de pessoas.
E o motivo de voltar ao eio que sempre gostou em outros tempos foi justamente o avano da imunizao. “Viemos hoje por eu j ter tomado as duas doses, meu marido ter se vacinado e por buscar no vibrar no medo”, refletiu.
A expectativa com o cardpio era grande. “Eu j conhecia o frango, j comia antes [da pandemia], no sei se o mesmo, mas lembro que era muito bom”.
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